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domingo, 17 de abril de 2016

3ª SÉRIES - SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO ECONÔMICA

3ª SÉRIES 



  SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4



GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO  

ECONÔMICA


Aspectos da globalização e regionalização econômica


• Na América, apenas Cuba não está polarizada pelos Estados Unidos.
• Na África, percebe-se a presença de aliados da União Soviética e muitos países não alinhados a nenhuma das superpotências.
• Europa está fortemente dividida entre a influência dos EUA e da URSS consolidando a ideia de “cortina de ferro”.
• A Ásia apresenta forte influência da URSS, ainda que seja marcante a presença norte-americana no Sudeste Asiático e Japão. Os alunos poderão subdividir o continente asiático em Oriente Médio, Ásia Central e Sudeste Asiático.
• Na Oceania, é forte a influência norte-americana.
A ampliação da área de influência em países da Europa Oriental e Ásia. Além disso, surgiram países “hostis” aos Estados Unidos, como a Venezuela, o Iraque e o Zimbábue. Isso reflete a permanência de conflitos regionais, mesmo com o fim da bipolaridade. Enfim, apesar da ampliação da influência militar dos EUA, existem países com uma dinâmica política e/ou econômica capaz de realizar uma influência regional.
Os termos bipolaridade e multipolaridade se contrapõem e expressam diferentes relações de força no cenário das relações internacionais. Conforme retratam os mapas, a partir da década de 1990, com o fim do sistema de polaridades definidas ou da ordem mundial bipolar da Guerra Fria, ocorreu o aparecimento de um sistema de polaridades indefinidas ou, em outras palavras, de uma ordem mundial multipolar, caracterizada pela existência de vários polos ou centros mundiais de poder econômico e político. Em lugar do antigo confronto ideológico, militar e econômico entre os blocos capitalista e socialista capitaneados pelas duas superpotências rivais da “velha ordem mundial” – Estados Unidos e ex-URSS. Há duas décadas assistimos a uma recomposição das alianças militares e econômicas entre grupos de países (mapa da página 30 do Caderno do Aluno). No mundo pós-Guerra Fria, apesar da existência de três principais centros de poder econômico (Estados Unidos, União Europeia e Japão), a chamada tríade do capitalismo mundial, também nota-se a afirmação de potências econômicas e políticas regionais, como Brasil, África do Sul e China (esta última considerada por muitos como a grande potência do século XXI), que poderão, num futuro não muito distante, contribuir para a afirmação de uma ordem mundial multipolar com a maior participação de países do Sul na tomada e na influência de decisões internacionais.
Os termos monopolar – ou seja, país, entidade ou empresa que detém o monopólio econômico no âmbito da produção e dos mercados – e unipolar – conceito que identifica um único polo de poder mundial – são empregados por muitos observadores e estudiosos para denominar o cenário internacional entreaberto com o fim da Guerra Fria. Consideram que a Nova Ordem Mundial é monopolar e unipolar, pois destacam que os Estados Unidos ainda são o único país a exercer o domínio econômico e militar no panorama do mundo atual, ou seja, sem a presença de um rival ou oponente capaz de contrabalançar ou equilibrar seu poderio nesse sentido. Do ponto de vista militar, a Rússia, por exemplo, a principal herdeira da extinta União Soviética e hoje pertencente à CEI, ingressou numa profunda crise econômica a partir do início da década de 1990, fato responsável, entre outros, pelo enfraquecimento do seu poderio militar. Sugere-se também analisar com os alunos o fato de que, para muitos analistas, a China vem despontando como país passível de ameaçar a supremacia americana. Porém é fundamental ressaltar que, no âmbito da economia, o denominado “país fábrica” não possui domínio científico-tecnológico que ameace a posição emblemática dos EUA no mundo, e a sua produção depende ainda do enorme mercado consumidor norte-americano, já que as condições sociais da China, apesar de terem melhorado consideravelmente ainda não correspondem a um mercado consumidor autossustentado. Além disso, o país não possui tecnologia e aparato militares suficientemente adequados para fazer frente aos EUA. Assim, em praticamente todo o globo, a superpotência da América do Norte é o único país capaz de sustentar ou realizar intervenções militares em conflitos mundiais importantes, dada a presença de suas forças armadas no mundo.
A globalização promoveu uma maior integração do mercado mundial diante dos avanços tecnológicos nos transportes e nas telecomunicações, processo que ganhou intensidade na década de 1990, em parte por causa da abertura de novos mercados, como os antigos países do bloco socialista que abriram suas economias. Ao lado desse processo, a globalização também acentuou a regionalização ou a fragmentação da economia mundial, pois, desde o final da década de 1980 e início da de 1990, fortaleceu-se a tendência de formação de tratados econômicos regionais entre países, ou seja, a constituição de blocos econômicos. Diante dos quadros competitivos que a globalização impõe, sobretudo a partir dos períodos indicados, diversos países passaram a se reunir ou se agrupar em torno de interesses econômicos comuns com o objetivo de facilitar e expandir suas trocas comerciais para se fortalecerem nesse contexto. Isso significa dizer que, embora a formação de tratados econômicos regionais entre países já se manifestasse antes do final da década de 1980 e início dos anos 1990, a partir desse período verificou-se o fortalecimento de tal processo.
O mapeamento que pode ser feito na economia global atual apresenta novas características, uma delas é o uso de computadores e internet no mundo, o qual retrata a situação dos países do mundo quanto ao número de internautas por 100 habitantes, em 2005. De maneira geral, observa-se que as populações dos países do Norte possuem maior acesso à internet, em contraste com às dos países do Sul, que apresentam heterogeneidade quanto ao assunto em foco. Comparando com os mapas anteriores, é possível estabelecer a relação entre renda e acesso à tecnologia.
Globalização e formação de blocos econômicos são processos relacionados. A formação de blocos econômicos é uma condição essencial para o avanço da globalização, baseada principalmente na expansão e fortalecimento do mercado global e na competitividade comercial entre os países ou grupos deles que se associam para adquirir maior inserção no mercado competitivo global.
A União Europeia, além de ser um mercado comum, também é uma união econômica e monetária, com programas sociais e de desenvolvimento comuns, permitindo a livre circulação de pessoas, diferindo, por exemplo, do Nafta e do Mercosul.