CARPE DIEN

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA 2ª SÉRIES PRIMEIRO E SEGUNDO BIMESTRE SEPARADAMENTE




COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA 2ª SÉRIES

CADA ATIVIDADE AQUI PROPOSTA CORRESPONDE A UMA COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIA.

PRIMEIRO E SEGUNDO BIMESTRE SEPARADAMENTE

INSTRUÇÕES A SEREM SEGUIDAS E RESPEITADAS.

FOLHA ALMAÇO (SEM SEPARAR AS PÁGINAS)

COMEÇAR O TRABALHO COM FOLHA DE ROSTO DE ACORDO COM A ABNT

CANETA AZUL OU PRETA

MANUSCRITO

OS MAPAS, GRÁFICOS E QUADROS PODEM SER IMPRESSOS, RECORTADOS DE OUTROS MATERIAIS DE GEOGRAFIA.

DE ACORDO COM O CADERNO DO ALUNO VOLUME 01, COLOCAR O TÍTULO E A PÁGINA DA ATIVIDADE EM CADA UMA.

VOCÊ DEVE FAZER TANTAS ATIVIDADES QUANTAS FOREM NECESSÁRIAS PARA COMPENSAR CADA AUSÊNCIA.
ATIVIDADES EM GRUPO QUE SE APRESENTAM DURANTE A ATIVIDADE, O ALUNO FARÁ INDIVIDUAL, PARA PODER RESPONDER.


ATIVIDADE 01 - PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE MAPA
EXERCÍCIOS da página 06 até 14.


ATIVIDADE 02 - PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE MAPA
EXERCÍCIOS da página 15 até 21.

ATIVIDADE 03 - PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE MAPA
EXERCÍCIOS da página 22 até 29.


ATIVIDADE 04 - PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE MAPA E TABELAS
EXERCÍCIOS da página 30 até 35.


ATIVIDADE 05 - PRIMEIRO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO E IMAGEM
EXERCÍCIOS da página 38 até 47.


ATIVIDADE 01 - SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
LEITURA E ANÁLISE DE MANCHETE DE JORNAL E TABELA
EXERCÍCIOS da página 48 até 58.

ATIVIDADE 02 - SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE O TEXTO A SEGUIR - OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (I): O ESPAÇO INDUSTRIAL E, COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.


Circuitos de Produção: Espaço Industrial

O espaço industrial no Brasil

Há tempos, as indústrias vêm conquistando o seu espaço no Brasil, tornando-se um dos elementos mais básicos de uma determinada região. Trazendo consigo, sempre uma característica marcante, a MUDANÇA, seja ela qual for, tanto na cultura como na economia ou até mesmo no espaço que ela ocupa e no impacto que ela causará em seu ambiente.

A seguir, veremos um pouco mais sobre essas indústrias, como e porque, que um lugar que comporta uma ou várias indústrias se modifica, e modifica a vida de sua população; como os meios de transporte e comunicação podem influenciar para a industrialização de uma determinada região.
Porque as indústrias tendem a se concentrar mais em uma determinada região? Como fica o desenvolvimento de uma região pouco industrializada? Essas e outras questões, serão abordadas a seguir, tendo como principal objetivo fazer que se entenda melhor o papel desta gigante chamada INDÚSTRIA !

A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS INDÚSTRIAS NO BRASIL
A atividade industrial, muito concentrada no Sudeste brasileiro, de uns tempos pra cá, vem se distribuindo melhor entre as diversas regiões do país. Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil vem passando por um processo de descentralização industrial, chamada por alguns autores de desindustrialização, que vem ocorrendo intra-regionalmente e também entre as regiões.

Dentro da Região Sudeste há uma tendência de saída do ABCD Paulista, buscando menores custos de produção do interior paulista, no Vale do Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Belo Horizonte. Estas áreas oferecem, além de incentivos fiscais, menores custos de mão-de-obra, transportes menos congestionados e por tratarem-se de cidades-médias, melhor qualidade de vida, o que é vital quando trata-se de tecnopólos.

A desconcentração industrial entre as regiões vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de boa infra-estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente universidades. Além disso, percebe-se um movimento de indústrias  tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o Nordeste, atraídas sobretudo, pela mão-de-obra extremamente barata.

A CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL NO SUDESTE
A distribuição espacial da indústria brasileira, com acentuada concentração em São Paulo, foi determinada pelo processo histórico, já que no momento do início da efetiva industrialização, o estado tinha, devido à cafeicultura, os principais fatores para instalação das indústrias a saber: capital, mercado consumidor, mão-de-obra e transportes.

Além disso, a atuação estatal através de diversos planos governamentais, como o Plano de Metas, acentuou esta concentração no Sudeste, destacando novamente São Paulo. A partir desse processo industrial e, respectiva concentração, o Brasil, que não possuía um espaço geográfico nacional integrado, tendo uma estrutura de arquipélago econômico com várias áreas desarticuladas, passa a se integrar. Esta integração reflete nossa divisão inter-regional do trabalho, sendo tipicamente centro-periferia, ou seja, com a região Sudeste polarizando as demais.
A exemplo do que ocorre em outros países industrializados, existe no Brasil uma grande concentração espacial da indústria no Sudeste.A concentração industrial no Sudeste é maior no Estado de São Paulo, por motivos históricos. O processo de industrialização, entretanto, não atingiu toda a região Sudeste, o que produziu espaços geográficos diferenciados e grandes desigualdades dentro da própria região. A cidade de São Paulo, o ABCD(Santo André,São Bernardo do Campo, São Caetano e Diadema)e centros próximos, como Campinas, Jundiaí e São José dos Campos possuem uma superconcentração industrial, elaborando espaços geográficos integrados à região metropolitana de São Paulo.Esta área tornou-se o centro da industrialização, que se expandiu nas seguintes direções: par a Baixada Santista, para a região de Sorocaba, para o Vale do Paraíba – Rio de Janeiro e interior, alcançando Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.

AS ATIVIDADES ECONÔMICAS E INDUSTRIAIS NAS 05 REGIÕES DO BRASIL
Sudeste:

Como descrito anteriormente, o Sudeste, é a região que possui a maior concentração industrial do país.

Nesta área, os principais tipos de indústrias são: automobilística, petroquímica,de produtos químicos, alimentares, de minerais não metálicos, têxtil, de vestuário, metalúrgica, mecânica, etc. É um centro polindustrial, marcado pela variedade e volume de produção.

Várias empresas multinacionais operam nos setores automobilísticos de máquinas e motores, produtos químicos, petroquímicos, etc. As empresas governamentais atuam principalmente nos setores de siderurgia. Petróleo e metalurgia, enquanto empresas nacionais ocupam áreas diversificadas.

O grande interesse de empresas multinacionais é principalmente pela mão-de-obra mais barata, pelo forte mercado consumidor e pela exportação dos produtos industriais a preços mais baixos. Quem observa a saída de navios dos portos de Santos e do Rio de Janeiro tem oportunidade de verificar quantos produtos industriais saem do Brasil para outros países. E aí vem a pergunta:com quem fica o lucro dessas operações? Será que fica para os trabalhadores que as produziram?

A cidade do Rio de Janeiro, caracterizada durante muito tempo como capital administrativa do Brasil até a criação de Brasília, possui também um grande parque industrial. Porém, não tem as mesmas características de alta produção e concentração de São Paulo. Constitui-se também,de empresas de vários tipos, destacando-se as indústrias de refino de petróleo, estaleiros, indústria de material de transporte, tecelagem, metalurgia, papel, têxtil, vestuário, alimentos, etc.

Minas Gerais, de passado ligado à mineração, assumiu importância no setor metalúrgico após a 2º Guerra Mundial e passou a produzir principalmente aço, ferro-gusa e cimento para as principais fábricas do Sudeste. Belo Horizonte tornou-se um centro industrial diversificado, com indústrias que vão desde o extrativismo ao setor automobilístico.

Além do triângulo São Paulo,Rio de Janeiro,Belo Horizonte, existem no Sudeste outras áreas industriais, a maioria apresentando ligação direta com algum produto ou  com a ocorrência de matéria-prima. É o caso de Volta Redonda, Ipatinga, Timóteo, João Monlevade e Ouro Branco, entre outras, ligadas à siderurgia.Outros centros industriais estão ligados à produção local, como Campos e Macaé (açúcar e álcool), Três Corações, Araxá e Itaperuna(leite e derivados), Franca e Nova Serrana(calçados), Araguari e Uberlândia(cereais), etc.

O estado do Espírito Santo é o menos industrializado do Sudeste, tendo centros industriais especializados como: Aracruz , Ibiraçu, Cachoeiro de Itapemirim

Vitória, a capital do Estado, tem atividades econômicas diversificadas, relacionadas à sua situação portuária e às indústrias ligadas à usina siderúrgica de Tubarão.

No Sudeste, outras atividades estão muito ligadas à vida urbana e industrial:comércio, serviço público, profissionais liberais, educação, serviços bancários, de comunicação, de transporte , etc.Quanto maior a cidade, maior variedade de profissionais aparecem ligados às atividades urbanas.

Como entre São Paulo, Rio e Belo Horizonte concentra-se a maior produção industrial do país, a circulação de pessoas e mercadorias é muito intensa na região. Milhares de pessoas estão envolvidas na comercialização, transporte e distribuição dos produtos destinados à industrialização, ao consumo interno ou à exportação. Considerada também o centro cultural do país, a região possui uma vasta rede de prestação de serviços em todos os ramos, com grande capacidade de expansão, graças ao crescimento de suas cidades.

Sul:

A industrialização do Sul, tem muita vinculação com a produção agrária e dentro da divisão regional do trabalho visa o abastecimento do mercado interno e as exportações.

O imigrante foi um elemento muito importante no início da industrialização como mercado consumidor e no processo industrial de produtos agrícolas, muitas vezes em estrutura familiar e artesanal.

A industrialização de São Paulo implicou na incorporação do espaço do Sul como fonte de matéria-prima, Implicou também na incapacidade de concorrência das indústrias do sul, que passaram a exportar seus produtos tradicionais como calçados e produtos alimentares, para o exterior. Com as transformações espaciais ocasionadas pela expansão da soja, o Sul passou a ter investimentos estrangeiros em indústrias de implementos agrícolas.

A indústria passou a se diversificar para produzir bens intermediários para as indústrias de São Paulo.  Nesse sentido o sul passou a complementar a produção do Sudeste. Daí considerarmos o Sul como sub-região do Centro-Sul.

Objetivando a integração brasileira com os países do Mercosul, a indústria do Sul conta com empresas no setor petroquímico, carboquímico, siderúrgico e em indústrias de ponta (informática e química fina).

A reorganização e modernização da indústria do sul necessitam também de uma política nacional que possibilite o aproveitamento das possibilidades de integração da agropecuária e da indústria, à implantação e crescimento da produção de bens de capital( máquinas, equipamentos), de indústrias de ponta em condições de concorrência com as indústrias de São Paulo.

Nordeste:

A industrialização dessa região vem se modificando, modernizando, mas sofre a concorrência com as indústrias do Centro-Sul, principalmente de São Paulo, que utilizam um maquinário tecnologicamente mais sofisticado.

A agroindústria açucareira é uma das mais importantes, visando sobretudo a exportação do açúcar e do álcool.

As indústrias continuam a tendência de intensificar a produção ligada à agricultura (alimentos, têxteis, bebidas) e as novas indústrias metalúrgicas, químicas, mecânicas e outras.

A exploração petrolífera no Recôncavo Baiano trouxe para a região indústrias ligadas à produção refino e utilização de derivados do petróleo.

Essa nova indústria , de alta tecnologia e capital intenso, não absorve a mão-de-obra que passa a subempregar-se na área de serviços ou fica desempregada.

As indústrias estão concentradas nas mãos de poucos empresários e os salários pagos são muito baixos, acarretando o empobrecimento da população operária.

O sistema industrial do Nordeste, concentrado na Zona da Mata, tem pouca integração interna. Encontra-se somente em alguns pontos dispersos e concentra-se sobretudo nas regiões metropolitanas:Recife, Salvador e Fortaleza .

Com vistas à política do Governo Federal para o Programa de Corredores da Exportação, instituído no final da década de 70 para atender ao escoamento da produção destinada ao mercado externo, foram realizadas obras nos terminais açucareiros dos portos de Recife e Maceió.

A rede rodoviária acha-se mais integrada a outras regiões do que dentro do próprio Nordeste. A construção da rodovia , ligando o Nordeste(Zona da Mata) ao Sudeste e ao Sul, possibilitou o abastecimento do Nordeste com produtos industrializados no Sudeste e o deslocamento da população nordestina em direção a este.

Centro-Oeste:

Na década de 60, a industrialização a nível nacional adquire novos padrões. As indústrias de máquinas e insumos agrícolas, instaladas no Sudeste, tiveram mercado consumidor certo no Centro-Oeste, ao incentivarem-se os cultivos dos produtos de exportação em grandes áreas mecanizadas.

A partir da década de 70, o Governo Federal implantou uma nova política econômica visando a exportação .Para atender às necessidades econômicas brasileiras e a sua participação dentro da divisão internacional do trabalho, caberia  ao Centro-Oeste a função de produtor de grãos e carnes para exportação.
Com tudo isso, o Centro-Oeste tornou-se a segunda região em criação de bovinos do País, sendo esta a atividade econômica mais importante da sub-região. Sua produção de carne visa o mercado interno e externo.

Existem grandes matadouros e frigoríficos que industrializam os produtos de exportação. O abastecimento regional é feito pelos matadouros de porte médio e matadouros municipais, além dos abates clandestinos que não passam pela fiscalização do Serviço de Inspeção Federal.

Sua industrialização se baseia no beneficiamento de matérias-primas e cereais, além do abate de reses o que contribui para o maior valor de  sua produção industrial . As outras atividades industriais são voltadas para a produção de bens de consumo, como :alimentos, móveis etc. A indústria de alimentos, a partir de  1990, passou a se instalar nos pólos produtores de matérias-primas, provocando um avanço na agroindústria do Centro-Oeste. A CEVAL, instalada em Dourados MS, por exemplo, já processa 50% da soja na própria área.

No estado de Goiás por exemplo ,existem indústrias em Goiânia, Anápolis,Itumbiara, Pires do rio,Catalão, Goianésia e Ceres. Goiânia e Anápolis, localizadas na área de maior desenvolvimento econômico da região, são os centros industriais mais significativos, graças ao seu mercado consumidor, que estimula o desenvolvimento industrial.

Enquanto outras áreas apresentam indústrias ligadas aos produtos alimentares, minerais não metálicos e madeira, esta área possui certa diversificação industrial.Contudo, os produtos alimentares representam o maior valor da produção industrial.

Norte:

A atividade industrial no Norte, é pouco expressiva, se comparada com outras regiões brasileiras. Porém, os investimentos aplicados, principalmente nas últimas décadas, na área dos transportes, comunicações e energia possibilitaram à algumas áreas o crescimento no setor industrial , visando à exportação.

Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos.

A agroindústria regional dedica-se basicamente ao beneficiamento de matérias-primas  diversas, destacando-se a produção de laticínios;o processamento de carne, ossos e couro; a preservação do pescado, por congelação, defumação, salga, enlatamento; a extração de suco de frutas; o esmagamento de sementes para fabricação de óleos; a destilação de essências florestais; prensagem de juta, etc.Tais atividades, além de aumentarem o valor final da matéria-prima, geram empregos.

As principais regiões industriais são Belém e Manaus. Na Amazônia não acontece como no Centro-sul do país, a criação de áreas industriais de grandes dimensões.

Mais adiante veremos sobre a criação da Zona Franca de Manaus.

COMO A IMPLANTAÇAO DE UMA INDÚSTRIA PODE ALTERAR NA CULTURA E NAS RELAÇÕES DE TRABALHO NA REGIÃO EM QUE FOI IMPLANTADA
Já é do conhecimento de todos nós, que quando uma indústria é implantada em determinada região, várias mudanças acontecem, dentre elas, mudanças no espaço geográfico, mudanças  culturais,e principalmente, mudanças na economia.

A implantação de uma indústria, modifica a cultura, pois, um trabalho que artesanalmente era executado pelo povo, e tido como tradição, cede seu lugar, muitas vezes à máquinas pesadas, e que exercem sozinhas e  em pouco tempo, o serviço que muitas vezes, era desempenhado por várias pessoas e em um período de tempo muito maior.Assim, milhares de postos de trabalho se extinguiam,fazendo-se aumentar o número de empregos informais surgidos nessa região.

Além de mudanças na cultura e economia , surgem também, mudanças no espaço geográfico:em alguns casos, as industrias são implantadas, sem maior avaliação dos danos que ela poderá causar, acarretando conseqüências gravíssimas posteriormente.

A ZONA FRANCA DE MANAUS
A ZFM foi criada em 1957 originalmente através da Lei 3.173 com o objetivo de estabelecer em Manaus um entreposto destinado ao beneficiamento de produtos para posterior exportação. Em 1967, a ZFM foi subordinada diretamente ao Ministério do Interior, através da  SUFRAMA (pelo Decreto-Lei nº 288). O decreto estabelecia incentivos com vigência até o ano 1997.

Ao longo dos anos 70, os incentivos fiscais atraíram para a ZFM investimentos de empresas nacionais e estrangeiras anteriormente instaladas no sul do Brasil, bem como investimentos de novas ET, principalmente da indústria eletrônica de consumo. Nos anos 80, a Política Nacional de Informática impediu que a produção de computadores e periféricos e de equipamentos de telecomunicações se deslocasse para Manaus e a ZFM manteve apenas o segmento de consumo da indústria eletrônica.
A Constituição de 1988 prorrogou a vigência dos incentivos fiscais da União para a ZFM até o ano 2.013, mas com a abertura da economia, nos anos 90, esses incentivos perderam eficácia. Simultaneamente, os produtos fabricados na ZFM passaram a enfrentar a concorrência com produtos importados no mercado doméstico brasileiro. As empresas estabelecidas em Manaus promoveram um forte ajuste com redução do emprego e aumento do conteúdo importado dos produtos finais.

A RELAÇÃO DOS MEIOS DE TRANSPORTE E COMUNICAÇÃO, E DO COMÉRCIO COM A INDUSTRIALIZAÇÃO DE UMA DETERMINADA REGIÃO
Os meios de transporte, comunicação e comércio, são os fatores cruciais para que se implante uma indústria em uma determinada região.

Para ser  determinado estratégico para a implantação de uma indústria, um local  tem  que ter fácil acesso à rodovias, que escoem a sua produção para as diversas regiões do país e os portos, visando a exportação.

Os meios de comunicação, também são vitais, para que sejam feitos os contatos necessários para se fechar grandes negócios, visando a obtenção de lucros mais altos, para o crescimento da indústria, a atualização dos conhecimentos e a velocidade de comunicação.

O comércio, também é muito importante, pois para que se produza alguma coisa , é necessário que haja mercado para este produto, e o comércio tem o papel de intermediário entre o produtor e o consumidor final.

OS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA INDÚSTRIA

As economias capitalistas tiveram, do pós guerra até meados da década de 70, uma das fases de maior expansão e transformações da estrutura produtiva, sob a égide do setor industrial. Essa expansão foi liderada por dois grandes subsetores: o metal-mecânico (indústria de automotores, bens de capital e do consumo duráveis) e a química (especialmente a petroquímica).

A rápida implantação da matriz industrial internacional no Brasil internalizou os vetores produtivos da químico-petroquímica, da metal-mecânica, da indústria de material de transporte, da indústria madeireira, de papel e celulose e de minerais não-metálicos todos com uma forte carga de impacto sobre o meio ambiente.

De maneira geral, e abstraindo as características de cada ecossistema, o impacto do setor industrial sobre o meio ambiente depende de três grandes fatores: da natureza da estrutura da indústria em distintas relações com o meio natural; da intensiva e concentração espacial dos gêneros e ramos industriais; e o padrão tecnológico do processo produtivo- tecnologias de filtragem e processamento dos efluentes além do reaproveitamento econômico dos subprodutos.

A industrialização maciça e tardia incorporou padrões tecnológicos avançados para base nacional, mas ultrapassados no que se refere ao meio ambiente, com escassos elementos tecnológicos de tratamento, reciclagem e reprocessamento.

Enquanto o Brasil começa a realizar ajustes no perfil da indústria nacional, a economia mundial ingressa em um novo ciclo de paradigma tecnológico. Ao contrário da industrialização do pós-guerra, altamente consumidora de recursos naturais – matérias – primas, “commodities” e energéticos, o novo padrão de crescimento tende a uma demanda elevada de informação e conhecimento com diminuição relativa do “consumo” de recursos ambientais e de “produção” de efluentes poluidores.

CONCLUSÃO
Uma indústria em uma certa região, pode ser benéfica tanto quanto prejudicial, pois ao mesmo tempo que contribui para o crescimento, ela pode estar executando a massificação da cultura de um povo.

Muitas vezes, o prejuízo natural causado por um acidente ambiental, tendo como protagonista uma indústria, pode não ser revisto nunca mais, matando ecossistemas inteiros,um prejuízo sem recuperação.

Uma indústria, também pode contribuir fortemente para o desenvolvimento da população, gerando inúmeros empregos diretos e indiretos.

Será que hoje em dia a humanidade conseguiria viver sem comodidade e tecnologia? Sem um celular ou um computador, ou mesmo uma televisão ou um rádio?


E se não existisse o carro? Ou mesmo você não pudesse nem sonhar em ir de ônibus para o trabalho, tivesse que ir de carro de boi? Enfim, o mundo não seria o mesmo, sem seus produtos industrializados!

ATIVIDADE 03 - SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE O TEXTO A SEGUIR - OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO AGROPECUÁRIO E, COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.

PRODUÇÃO DO ESPAÇO, SISTEMAS TÉCNICOS E DIVISÃO TERRITORIAL DO TRABALHO (RESUMO)

Como a produção do espaço resulta do trabalho social que se funda no sistema técnico imperante em cada fase da história., o conjunto das tarefas executadas pela sociedade reflete a correlação entre espaço produzido e as técnicas disponíveis em determinada época, também chamada de ciclo. O Brasil nasceu na região do nordeste atual, do litoral (com a cana) ao interior ou o amplo sertão nordestino, com a pecuária. Neste, sucederam do séc. XVII ao XXI vários sistemas técnicos caracterizantes da pecuária, cotonicultura, extrativismo, agroindústria e turismo. Cada um com suas especificidades de trabalho. Tomamos, como referência territorial, uma parte de uma das unidades político-adiministrativas, o estado do Ceará no Nordeste Oriental, cujo trabalho sempre esteve ligado, direta ou indiretamente, à ordem internacional, quer da metrópole (Portugal) quer de outros mercados1.

O espaço, como produto do trabalho social, estabelece a condição de continuidade da sociedade, pois cada nova geração sobrevive utilizando-se dos objetos do passado, superpondo-lhes ou acrescentando-lhes outras criações. O geógrafo Allen Scott (1988) diz que "sob as pressões da acumulação, o mundo social está continuamente sendo transformado e retransformado". Com o tempo, o espaço se complexifica e, com as novas condições de comunicabilidade entre os grupos sociais, o espaço ultrapassa o local, tornando-se universal.

As técnicas de uma época estão no espaço produzido. O tempo está, assim, no espaço. Neste, o tempo se denuncia pela presença de diferentes modos de produção. Daí Santos (1980, p.163) dizer que "cada vez que o uso social do tempo muda, a organização do espaço muda igualmente. De um estágio da produção a um outro, de um comando do tempo a um outro, de uma organização do espaço a uma outra, o homem está cada dia e permanentemente escrevendo sua História, que é ao mesmo tempo a história do trabalho produtivo e a história do espaço."

No capitalismo, essas exigências de fazer e refazer formas assumem um caráter cíclico. Harvey (citado por Soja, 1993) sintetizou esse caráter do sistema: "as contradições internas do capitalismo expressam-se através da formação e re-formação irrequietas das paisagens geográficas. É de acordo com essa música que a geografia histórica do capitalismo tem que dançar, ininterruptamente"

Essa afirmação de David Harvey nos leva ao tema dos ciclos, debatidos e teorizados por pensadores de diferentes posturas ideológicas 2, como a teoria dos ciclos longos ou das ondas de Kondratieff.
Nesse corpo teórico, a análise ultrapassa os limites da economia, porquanto vê o sistema em sua totalidade, incluindo "componentes tecnológicos e sociais em interação com o subsistema econômico (Perez) ou, como nos diz o economista brasileiro Ignácio Rangel: "os ciclos econômicos não são apenas fatos econômicos. São fatos sociais, no mais alto sentido dessa expressão" (Folha de São Paulo, 04/08/88). Se são fatos sociais, exprimem-se nas feições da "segunda natureza".

Esses ciclos estão relacionados com as mudanças tecno-econômicas e sócio-institucionais. À medida que elas apresentam uma sintonia há uma tendência de refazer-se da crise e o sistema toma impulso, fase em que se propõe chamar de fase "A". Quando o sistema capitalismo entra em crise, com o desajuste dos dois subsistemas (tecno-econômico e sócio-institucional), entra na depressão ou fase "B".

Desde o século XVIII que, com o controle e a condensação do conhecimento tecnológico transformado em técnica, o capitalismo reedifica-se e solidifica-se, embora dentro das contradições que lhe são inerentes. Os grandes períodos, grandes ciclos ou ondas longas, de duração entre 50 e 60 anos, são marcados por determinados conjuntos de descobertas, de inovações conjugadas que estabelecem uma nova forma de produção e de consumo, possibilitando uma outra dinâmica à vida global da sociedade, afeiçoando-a a um outro paradigma. Dessa maneira, mudam-se as funções, ressurgem formas novas para melhor atender a reanimação dos fluxos de que resulta a produção de um novo espaço, o espaço da modernidade de então. É porisso que podemos falar do espaço de uma determinada época, de novas funções das formas ressurgentes, de "rugosidades"3, de reestruturação do sistema da renovação do espaço geográfico e de inovação da modalidades e das formas de relações de trabalho.

Na compreensão do economista europeu Joseph Schumpeter (1883-1950), essa fluidez do sistema em, periodicamente, apresentar rupturas e posterior ajustamento deve-se à sua dinâmica basear-se na vaga contínua de destruição criativa. Essa idéia se fundamenta na ação dos empresários inovadores que, diante da crise, assimilam a nova ordem técnica e adotam métodos capazes de produzir a custo menor. A base do contexto capitalista está na "abertura de novos mercados, externos ou internos, e o progresso de organização desde o artesanato até a indústria que, incessantemente, revoluciona a estrutura econômica, destruindo incessantemente a antiga e incessantemente criando uma nova. Este processo de destruição criativa é o fato essencial do capitalismo" (Schumpeter,1946, p.103-4).

Para Soja (1993), "a reestruturação, em seu sentido mais amplo, transmite a noção de uma ruptura nas tendências seculares, e de uma mudança em direção a uma ordem e uma configuração significativamente diferentes da vida social, econômica e política. Evoca, pois, uma combinação seqüencial de desmoronamento e reconstrução, de desconstrução e tentativa de reconstituição..." (p. 193). O espaço é a expressão mais significante dessa mudança. Nesse aspecto, a cidade é o lugar de maior demonstração do espaço reconstruído e criador de extensores capazes de vincular diferentes pontos, proporcionando a abertura de novos mercados que oferecem meios para a nova ordem que se constrói. Dela partem as ordens, as informações e as comunicações que definem as modalidades de uso dos territórios, da organização da produção e de forma de existência do homem.

Embora esse norteamento teórico esteja mais intimamente relacionado ao conjunto global do sistema capitalista, essa reflexão nos leva a compreender porque subespaços também passam por ciclos. Isso ocorre, especialmente, quando notamos a inserção econômica e produtiva desses subespaços. Isto se faz quando esses pedaços de espaço recebem ordens externas, como sempre tem sido o caso do nordeste brasileiro.

ATIVIDADE 04 - SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE O TEXTO A SEGUIR - O BRASIL E A ECONOMIA GLOBAL:  MERCADOS INTERNACIONAIS E, COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.
DIVISÃO DENTRO DO CONSUMO DE MERCADORIAS:
• “clientes” correspondem aos principais mercados para os quais o Brasil exporta seus produtos;
• “fornecedores” correspondem aos principais mercados dos quais o Brasil importa produtos.

Os Estados Unidos e o Japão têm grande participação no comércio exterior brasileiro com destaque às exportações para o Japão.
A dinâmica do comércio exterior, em geral, e, em particular, do comércio exterior brasileiro segue uma lógica em alguns momentos aspectos positivos e em alguns momentos negativos, ou seja, bom quando temos superávit* em nossa “Balança comercial”* e ruim quando ficamos em déficit*.
“Balança comercial” é o termo utilizado para representar as importações e exportações de um país. Quando o saldo da balança comercial é positivo, significa que as exportações são maiores que as importações e, portanto, há superávit; quando o saldo da balança comercial é negativo, há déficit.

O significado dos seguintes termos usados na dinâmica dos mercados:
• Barreiras comerciais: barreiras impostas à livre circulação de mercadorias entre os países.
• Subsídios: ajuda financeira que os governos concedem aos produtores com o objetivo de ampliar a competitividade de determinados setores da economia nacional.
• Países emergentes: países que apresentam grande crescimento no cenário econômico e político mundial, tais como o Brasil, a China e a Índia.
• União Europeia: bloco econômico formado por 27 países da Europa.
• Salvaguardas: ressalvas em um acordo comercial que permitem que os países protejam o mercado para determinados produtos.
• PIB global (Produto Interno Bruto global): soma de todas as riquezas produzidas no mundo.
Na Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) foi estabelecido em 6 de junho de 2003, mediante a “Declaração de Brasília”. Suas metas principais são aproximar as posições dos três países em instâncias multilaterais, desenvolver a cooperação comercial, científica e cultural no âmbito Sul-Sul e democratizar a tomada de decisão internacional no âmbito de fóruns e organismos internacionais. Os países do Ibas buscam interesses convergentes, como reformar o Conselho de Segurança das Nações Unidas e mudar a política de subsídios agrícolas praticada pelos países desenvolvidos. Em função desses objetivos comuns, defendem uma ordem internacional multipolar, estruturada com maior atenção aos países em desenvolvimento.

 Pontos de discussões sobre o comércio internacional que interessa a dinamização do comércio brasileiro:
• A Área de Livre-Comércio das Américas (Alca) foi um acordo proposto pelos Estados Unidos para 34 nações americanas com o objetivo de criar uma zona de comércio sem barreiras alfandegárias. Em função de divergências ideológicas com os Estados Unidos, Cuba não participaria dessa proposta. O principal interesse da Alca era promover o aumento da entrada dos produtos e serviços norte-americanos no continente, fato que após longas negociações provocou desconfiança entre os movimentos sindicais e sociais latino-americanos, que ao temerem a perda de empregos, se opuseram à Alca. Além das articulações em torno do acordo terem esbarrado nessas dificuldades, ele foi interrompido em função de divergências entre os países. Em novembro de 2005, foi realizada a última Cúpula das Américas, que reuniu os governantes do continente, marcando o fracasso do acordo.
• O G-20 foi criado em Cancún, no México, em 2003, sob a liderança do Brasil. Consiste em um grupo formado por mais de 20 países, tanto desenvolvidos como também, e principalmente, emergentes e em desenvolvimento, que lutam por uma maior liberalização do comércio global.
• Junto à OMC, o G-20 busca a redução dos subsídios agrícolas que os países desenvolvidos concedem aos seus produtores rurais, de forma a ampliar a participação dos países emergentes no comércio mundial de alimentos.
É de máxima importância da participação brasileira em questões de caráter internacional e o seu papel de influência na América Latina e também entre outros países do Hemisfério Sul. Nesse sentido, deve-se criar iniciativas de cooperação nas áreas de educação, saúde e tecnologia, entre outras.

 Questões importante sobre os subsídios agrícolas que prejudicam o Brasil:
Estados Unidos e os países da União Europeia podem ser citados como os que utilizam subsídios agrícolas. Entre outros produtos, os EUA subsidiam milho, trigo, soja e suco de laranja. A UE, por sua vez, subsidia principalmente cereais, como trigo, milho, além de carne e leite, erguendo barreiras fitossanitárias para impedir a importação, o que compromete inclusive as exportações de carne brasileira. Na UE, desde a década de 1960, a existência da Política Agrícola Comum (PAC) garante subsídios agropecuários para todos os países-membros. No interior da UE, a França se destaca como um dos países que mais defende a manutenção dos subsídios.
Existem vários exemplos dos resultados alcançados pela ação brasileira contra os subsídios, como a vitória do Brasil na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra os subsídios norte-americanos para o aço e o algodão. Apesar de os EUA serem o maior parceiro comercial do Brasil, nos últimos anos o governo brasileiro fortalece seu compromisso com a defesa de um comércio mais igualitário entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

ATIVIDADE 05 - SEGUNDO BIMESTRE – volume 1
ANALISE E EXPLIQUE O TEXTO A SEGUIR - TERRITÓRIO BRASILEIRO: DO “ARQUIPÉLAGO” AO “CONTINENTE” E, COLOQUE IMAGENS DE ACORDO O TEXTO.
A inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960, promoveu um avanço dos espaços realmente integrados à economia nacional, antes restritos às áreas de influência das capitais dos Estados do Nordeste e do Sul, de São Paulo e do Rio de Janeiro (antiga Capital Federal).
A importância econômica e populacional das capitais dos Estados brasileiros acompanhou a expansão dos espaços realmente integrados à economia nacional. A magnitude de São Paulo e Rio de Janeiro na década de 1990 , diante de outras capitais explica-se em função da importância econômica que desfrutaram no passado como também à centralidade política exercida pela segunda até a mudança da Capital Federal para Brasilia o sentido da principal corrente migratória parte dos Estados do Nordeste brasileiro (em particular, Ceará) para o Estado do Amazonas e outros da Grande Região Norte, é possível compreender que a busca por drogas do sertão e o surto da borracha consistiram nas principais atividades econômicas que impulsionaram esse fluxo migratório na década de 1960.

 Meio Natural
 As transformações do meio natural ocorrem lentamente, ao contrário das que ocorrem no meio técnico, que se dão rapidamente com o advento das máquinas.O povoamento concentrado no litoral e ao longo dos rios, dada a importância dessas áreas para o transporte e dos recursos naturais nelas existentes para a subsistência das populações (nas áreas mais distantes da costa – o sertão uma população dispersa se ocupava da criação extensiva de gado e culturas de subsistência, sendo que as comunicações eram difíceis). A ausência de integração é outra característica que pode ser associada ao meio natural:  as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via marítima (influência do meio natural). O meio técnico surge quando o ser humano começa a se sobrepor sobre o “império da natureza” por intermédio da construção de sistemas técnicos.
Entre os anos 1890 e 1940 corresponderam a períodos nos quais os sistemas técnicos foram adensados no território brasileiro por meio da incorporação das máquinas (telégrafos, ferrovias, portos etc.) de forma seletiva. Esse meio esteve na origem das desigualdades regionais. No século XIX, por exemplo, com o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste, verifica-se uma nova inflexão no processo de valorização do território brasileiro (o que também coincide com a transição entre o meio natural e o meio técnico). Suas principais características foram:
• a construção de sistemas técnicos, com o surgimento de setores comerciais e bancários, associados às novas condições de transportes e comunicações (estrada de ferro, telégrafo e cabo submarino);
• a relativa integração do território que, no início do século XX, era constatada em torno do Rio de Janeiro e de São Paulo, mas que, no entanto, não era efetiva nas demais regiões do país, que mantinham com esses centros relações tênues e esporádicas;
• a industrialização, cujo desenvolvimento ocorreu intensamente em São Paulo e arredores, permitindo que a cidade e o Estado adquirissem papel central na vida econômica do país;
• a ocupação econômica que, na década de 1950, foi favorecida em virtude da ampliação dos esforços para equipar o espaço nacional com vias de circulação e infraestrutura, fortalecendo as relações entre o Sudeste e as demais regiões;
• a construção de Brasília, a nova capital do país, durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), foi marco representativo do processo de interiorização, expandindo-o em direção ao Centro-Oeste e à Amazônia;
• e, por último, esse conjunto de processos ajudou a consolidar uma configuração territorial que favoreceu o Estado de São Paulo, cuja capital firmou-se como a metrópole econômica do país (aspecto claramente representado nos mapas relativos aos anos 1940 e 1990);
O conceito de meio técnico-científico-informacional refere-se ao meio geográfico atual, cujo surgimento ocorreu a partir da década de 1970, no qual a informação passou a ser variável fundamental no período de globalização, de constituição de um mercado global e de uma unicidade técnica planetária. Seu funcionamento tem como base técnica a fusão das tecnologias da informação com as telecomunicações, gerando as novas tecnologias da informação.

No que diz respeito às transformações no território brasileiro decorrentes do meio técnico-científico-informacional, podemos destacar;

• aspectos relacionados à infraestrutura e integração nacional, como: aproveitamento das principais bacias hidrográficas para a produção de eletricidade; modernização dos portos; construção de ferrovias orientadas para produtos especializados; desenvolvimento da rede rodoviária com a construção de autopistas nos principais eixos de circulação e de estradas vicinais (principalmente nas áreas de maior densidade econômica); instalação de rede de telecomunicações de alcance em todos os municípios, viabilizando o contato dos lugares com o restante do mundo;
• aspectos associados à diversificação econômica e à desconcentração industrial: ou seja, a partir das bases do desenvolvimento criadas anteriormente (sucessivos meios técnicos), a indústria tornou-se diversificada, inclusive iniciando sua desconcentração; a agricultura, por sua vez, se modernizou no Sul e no Sudeste e em outras regiões onde se destacam os Estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Bahia (no caso do Nordeste, a difusão da irrigação permitiu o aproveitamento agrícola intensivo em parte de suas terras);
• aspectos relacionados à nova fase de urbanização: se, por um lado, nos primeiros 450 anos da história do Brasil, o povoamento e a urbanização foram praticamente litorâneos, atualmente constata-se um país urbanizado, com uma taxa de urbanização superior a 75% e diversos níveis e tipos de cidades. Fatos semelhantes expressam que o país passa por uma nova fase da organização do espaço e da urbanização, fundada em uma vida de relações mais extensas e mais intensas. Desde a década de 1970, constata-se a difusão do fenômeno urbano em todas as regiões (urbanização do território), com a multiplicação do número de cidades locais, a criação de numerosas cidades médias em todos os Estados. Ao mesmo tempo, há o surgimento de novas grandes cidades e o processo de metropolização não é limitado apenas ao Sudeste;
• aspectos relacionados à região concentrada, que representa a expressão mais intensa do meio técnico-científico-informacional, pois essa é a área onde se verificam de modo contínuo os acréscimos de ciência e tecnologia ao território. Embora sinais de modernização sejam constatados em todo o território, essa região é formada pelos Estados do Sul e do Sudeste e por parcelas do Centro-Oeste. Reúne o essencial da atividade econômica do país, com São Paulo mantendo o papel de metrópole nacional, baseado em sua condição de centro informacional e de serviços, e não mais como centro industrial.