CARPE DIEN

domingo, 17 de abril de 2016

1ª séries SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 - OS DESERDADOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL: AS PERSPECTIVAS DE ORDEM MUNDIAL SOLIDÁRIA

1ª séries 

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

OS DESERDADOS NA NOVA ORDEM MUNDIAL: AS PERSPECTIVAS DE ORDEM MUNDIAL SOLIDÁRIA

Introdução - Ainda são poucos os que têm acesso às informações disponíveis na rede. Segundo o Relatório World development indicators 2006, do Banco Mundial, em 2004 cerca de 890 milhões de pessoas estavam conectadas à Internet. É uma quantidade enorme de usuários, mas esse número corresponde apenas a 14% da população mundial, a maioria dos internautas está fortemente concentrada em países desenvolvidos e em alguns países emergentes. Os Estados Unidos é o país que possui mais pessoas conectadas à Internet em termos absolutos, com 185 milhões de internautas, mas também é um dos países mais representativos em termos relativos: 63% de sua população são usuários da rede. A Nova Zelândia é o país possui mais pessoas conectadas em termos relativos: 79% de sua população são usuários da Internet. A China e a Índia, apesar do índice relativo de conexão, têm um grande número de internautas devido às suas enormes populações. Em menor escala, isso também acontece com o Brasil.
Fluxos de capitais especulativos Outra invasão típica da globalização é a dos capitais especulativos de curto prazo, conhecidos como smart Money (“dinheiro esperto”) ou hot money (“dinheiro quente”), que, ávidos por lucratividade, movimentam-se com grande rapidez pelo sistema financeiro on-line.
Não se sabe ao certo o montante, mas estima-se que o fluxo mundial de capitais especulativos seja 1,5 trilhões de dólares por dia, investidos nas várias modalidades de especulação financeira. Essa vultosa soma – que, em geral, pertence a milhões de pequenos poupadores espalhados pelos países desenvolvidos, os quais deixam seus recursos num banco ou os investem num fundo de pensão, para garantir suas aposentadorias – é transferida de um mercado para outro, de um país para outro, sempre em busca das mais altas taxas de juros ou de maior segurança. Os administradores desses capitais – como bancos de investimentos, corretoras, fundo de pensão etc.– em sua maioria não estão interessados em investir na produção, cujo retorno é demorado, mas em especular: realizar investimentos de curto prazo nos mercados mais rentáveis. Os fundos de pensão, entretanto, também investem na produção.
Quando algum mercado se torna instável ou menos atraente aos investidores, esses capitais são rapidamente transferidos, e os países entram em crise financeira.

Fluxos de capitais produtivos
A entrada dos capitais produtivos é a mais demorada porque são investimentos de longo prazo, por isso menos suscetíveis às oscilações repentinas do mercado. Esses capitais são aplicados num território em busca de lucros, que podem ser resultantes de custo menores de produção, baixos custos dos transportes ou dos fretes, proximidade dos mercados consumidores e facilidades em driblar barreiras protecionistas.
Todos esses fatores permitem a expansão dos mercados para capitais, gerando, portanto, maiores lucros.
Há outra faceta, mais visível e mais antiga da globalização, que é a “invasão” de mercadorias em quase todos os países. Com a intensificação dos fluxos comerciais no mundo, produtos são transportados por enormes navios, trens, caminhões e aviões, que circulam por uma moderna e intrincada rede que cobre as grandes extensões da superfície terrestre, sobretudo nos países desenvolvidos e emergentes. Há, assim, uma globalização do consumo, com a intensificação do comércio, resultante da globalização da produção.
A expansão de multinacionais Superada a destruição provocada pela Segunda Guerra, a economia mundial voltou a crescer num ritmo mais acelerado. Dentro desse quadro de grande prosperidade, as empresas dos países industrializados assumiram proporções ainda maiores que na época dos trustes. Tornaram-se industrializados assumiram proporções ainda maiores do que na época dos trustes. Tornaram-se grandes conglomerados e se expandiram pelo mundo, ultrapassando as fronteiras dos países em que se desenvolveram, nos quais estão as matrizes, transformaram-se em empresas multinacionais e se encarregaram de globalizar, gradativamente, não somente a produção, mas também o consumo. Construíram filiais em vários países, principalmente nos subdesenvolvidos, que, ao se industrializarem, passaram a serem chamados países emergentes, modificando a tradicional divisão do trabalho. Hoje, dado seu elevado grau de internacionalização, são conhecidas como multinacionais e são as principais responsáveis pela mundialização dos capitais produtivos.
Embora não se conheça exatamente o volume dos capitais especulativos que circulam diariamente pelo sistema financeiro mundial, sabemos que se concentram em poucos lugares no mundo – mais uma evidência de que os fluxos da globalização atingem desigualmente o espaço geográfico mundial. A maior parte dos capitais é investida em apenas alguns países.
Paralelamente a globalização da produção e do consumo, ocorre a intensificação do fluxo de viajantes pelo mundo (a negócio, a turismo ou imigrando) acompanhada de uma “invasão” cultural, constituída pelo menos em sua forma hegemônica, de uma cultura de massas que se originam, sobretudo nos Estados Unidos, a nação mais poderosa e influente no planeta. O American way of life (o “modo norteamericano de vida”) é difundido, por exemplo, pelos filmes de Hollywood e pelas séries produzidas por estúdios cinematográficos ou canais de televisão pelas notícias da CNN (Cable News Network, principal rede de notícias norte- americana sediada em Atlanta), pelas cadeias de fast food, como a McDonald’s.

Globalização Migração E Xenofobia
A globalização provoca varias reações contrárias, e um caso que se tornou muito divulgado na mídia mundial nos anos 90 foi a reação tomada pela população européia, em especial a população alemã e francesa, que se viram ameaçada pelo grande contingente populacional, que adentraram em seu território em virtude do processo de globalização. Com a interligação dos mercados e uma maior circulação de pessoas, ficou mais fácil migrar de países periféricos para os países centrais do capitalismo. No caso da Europa, Alemanha e França, foram os dois países que mais sentiram o fluxo migratório, porém a população local não aceita essa entrada de imigrantes, muitos ilegais, em seu país, o que ocasiona o aparecimento de uma crescente xenofobia a esses imigrantes.

O Unilateralismo (militar) do EUA
O mundo passou a ver uma nova forma de poder exercida pela maior potencia econômica militar e política do final do século XX. Os EUA passaram a ditar as regras do jogo político, através do seu unilateralismo, que acabou dando ao mundo, uma nova ordenação política, pois a partir da desintegração da URSS, ele (EUA) demonstrou quem realmente iria tomar conta do mundo.
Nos anos 90, os EUA interviram em varias regiões do mundo, principalmente no oriente médio e na região dos Bálcãs na Europa.
Porém, essas intervenções não poderiam se fazer caso eles não detivessem o maior poderio bélico do mundo.
O unilateralismo dos EUA ocasionou a intervenção nos Bálcãs, e no,oriente médio, no Iraque, a ONU através do seu conselho de segurança vetou uma eventual intervenção militar, no entanto, os EUA passaram por cima da ONU, e através da OTAN lideraram uma intervenção militar, que para muitos se tratou apenas de uma demonstração de poder dos EUA ao mundo e em especial ao continente europeu.

Nacionalismo – Minorias Étnicas E Separatístmo
Com o fim da guerra fria, o mundo aprendeu a conviver com os mais variados conflitos. A ONU, órgão encarregado de zelar pela paz no mundo, conta com 54 missões de paz em regiões afetadas por guerra ou em via de pacificação. Assumiu também a administração da província do Kosovo, os preparativos para a independência do Timor Leste e os acordos para o novo governo do Afeganistão, últimas regiões a sofrer violentos combates que resultaram em milhares de mortos.
Guerras entre Estados-nações, guerras civis (dentro de um mesmo país), guerrilhas, ocupações de territórios à força e movimentos separatistas dentro de Estados-nações acontecem em todos os continentes, na atualidade, à exceção da Oceania. Disputa de territórios, soberania do Estado Nacional, questões de fronteiras, recursos minerais, rivalidades étnicas e até mesmo a água constituem os principais motivos dos conflitos da globalização.
É também muito comuns grupos separatistas tentarem chamar a atenção do mundo para seus problemas através de atos terroristas. Esse tipo de atentado acaba por tornar esses grupos pouco simpáticos perante a opinião pública. Entre as mais antigas e ativas organizações ligadas ao terrorismo estão o ETA e o IRA, ambas na Europa.

Quem são os Refugiados?
- São vítimas da decomposição social, territorial e nacional dos países do centro da África e do oeste, onde se situa Ruanda, e das guerras que surgem em consequência;
- São vítimas da instabilidade do Oriente Médio, e da atual guerra no Iraque;
- São vítimas da guerra civil na antiga Iugoslávia (Bósnia - Herzegovina, Kosovo, por exemplo), produto da desagregação do socialismo;
- São vítimas ainda da Guerra do Vietnã
- Fundamentalmente ocorrem em (ou entre) países frágeis em termos econômicos;
- Países com dificuldades de se adaptar às novas condições da ordem mundial;
- Países com dificuldades de se adaptar às novas condições da ordem mundial;
- Países que se tornam espaços frágeis, sem controle do Estado, sem que essa exerça suas funções;
- Países em que a miséria se desenvolve, e que ficam muito mais vulneráveis a catástrofes naturais, como secas e inundações;
- São conflitos marcados pela decomposição, pela intensificação dos ódios étnicos, que acabam gerando massacres pavorosos, ações de extermínio, como ocorreu em Ruanda;
- São guerras acompanhadas por fuga maciça de populações, em geral camponesas, aldeãs, como no caso de Beah;
- Fogem para países vizinhos e são instalados em campos de refugiados;
- Passam a ser assistidos por instituições de caráter global, ONU, Cruz Vermelha, ONOs diversas, e por esse caminho ingressam como párias na ordem mundial

Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), com sede em Genebra, Suíça, foi criado em 1950 pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o intuito precípuo de proteger os refugiados e promover soluções duradouras para sanar os problemas que os rodeiam. A função básica do ACNUR é oferecer proteção àqueles que estão na condição de refugiado.
O ACNUR, no exercício de suas competências, trabalha pela efetividade do direito de asilo, fazendo com que aqueles que estão na situação de refugiado possam gozar desse direito. O órgão prima pelo cumprimento do Direito Internacional, como espécie de agente fiscalizador, e promove acordos na área relativa ao Direito Internacional dos Refugiados. Afora isto, proporciona ajuda material direta (alimentos, água, suprimentos médicos, acomodações) bem como trabalha pela reestruturação da condição jurídica daqueles que estão em situação análoga à de refugiados, como os apátridas e deslocados internos. Esse trabalho encontra suporte nas resoluções discutidas e elaboradas pelo Comitê Executivo do ACNUR que, juntamente com a Assembleia Geral das Nações Unidas e outras organizações internacionais, governamentais ou não, não têm medido esforços para reconstruir e salvar vidas.
O Direito de asilo é positivado e garantido na Declaração Universal de Direitos Humanos, em seu artigo 14. A obrigação de proteger os refugiados e conceder-lhes o Direito de asilo, fazendo-o efetivo, advém dos princípios de Direito Internacional e de outros documentos internacionais, a fim de garantir este que é o corolário do Direito Internacional dos Refugiados. Além disso, é competente o ACNUR para zelar pelo cumprimento desse direito. Contudo, há muitos entraves à sua plena efetividade.
Os problemas continuam. Alguns Estados, que teriam condição de receber um maior número de refugiados, não o fazem, não concedendo o direito de asilo, ou o fazem parcialmente, pois concedem o status de refugiado, mas não oferecem reais condições de permanência no país, o que fora garantido pela Convenção de 1951 sobre o Estatuto dos Refugiados. Outros Estados, em zonas de conflito, tendem a receber um número maior de refugiados do que poderiam, o que, aliado à sua parca estrutura, acaba trazendo problemas de ordem social aos seus próprios nacionais. Sendo assim, o comitê, invocando a cooperação internacional, propõe-se a discutir meios de monitorar a implementação do Direito de Asilo e de como tornar esse direito humano realmente efetivo.
Quem Perde E Quem Ganha Com Esses Conflitos
Os confrontos dispersos pelo mundo fazem milhões de vítimas, sem contar os refugiados, pessoas que fogem da violência, o número de refugiados vem crescendo progressivamente desde as últimas décadas do século XX, que em 1995 já chegava a 27 milhões de pessoas. Nas diversas regiões do globo alguns povos se destacam, como no Oriente Médio (curdos, palestinos e afagões), na Ásia Meridional (indianos e paquistaneses), na região dos Bálcãs (refugiados das repúblicas da ex-Iugoslávia) e na África Negra (Ruanda, Sudão, Etiópia, Somália, Serra Leoa, etc.). Mas há também quem sai ganhando com tantos conflitos. As vendas de armas aumentaram 8% no ano passado (2000), chegando a 37 bilhões de dólares, confirmando a condição dos EUA como o maior fornecedor de armas (US$ 26 bilhões) para o mundo, principalmente para os países em desenvolvimento, na sequência os maiores fornecedores são, EUA, Rússia, França, Alemanha, Inglaterra, China e Itália.