CARPE DIEN

sábado, 21 de novembro de 2015

2as SÉRIES ATIVIDADE DE COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS








COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS 2as SÉRIES – 2015



AS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM AQUI ESPECIFICADAS, SÃO OS OBJETOS DOS TRABALHOS DE COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS.


FAZER CADA ATIVIDADE


SEPARADAMENTE, MESMO SE FIZER


MANUSCRITA.







CONFIRA EM UMA LISTA AQUI DO BLOG EM

QUANTAS FALTAS VOCE EXCEDEU DE 8


(OITO) FALTAS - SENDO 4 (QUATRO)


PERMITIDAS NO SEGUNDO BIMESTRE E + 4


(QUATRO) PERMITIDAS NO TERCEIRO


BIMESTRE.

















DISTRIBUIDOS DA SEGUINTE FORMA:



ATIVIDADE I. para os que excederam de



1 (uma) a 2 (duas) faltas.







ATIVIDADES I. e II. para os que excederam



de 3 (três) a 5 (cinco) faltas.





ATIVIDADES I., II. e III. para os que



excederam de 6 (seis) a 9 (nove) faltas.







ATIVIDADES I., II, III e IV. para os que



excederam de 10 (dez) a 14 (quatorze)



faltas.





ATIVIDADES I., II., III., IV. e V. para os



que excederam de 15 (quinze) a 20



(vinte) faltas.







ATIVIDADES I., II., III., IV., V. e VI. para



os que excederam de 21 (vinte e uma) a



27 (vinte sete) faltas.





ATIVIDADES I., II., III., IV., V., VI., VII e



VIII. para os que excederam de 28



(vinte e oito) faltas em diante.







VOLUME 01





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5



OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (I): O ESPAÇO



 INDUSTRIAL



ATIVIDADE I.



COM AUXÍLIO DO TEXTO E PESQUISANDO MAIS, FAZER UMA REDAÇÃO DE COMO FOI A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA DESTE O INÍCIO.



O Espaço Industrial Brasileiro, assim como em todos os lugares, seguiu as características gerais do processo de industrialização das sociedades a partir do modo de produção capitalista. O processo de criação e instalação de indústrias em um território literalmente produz o espaço, transformando-o e conferindo a ele novas lógicas e novos significados. A industrialização contribui, principalmente, para a intensa e rápida urbanização do território, bem como para as concentrações econômica, populacional, de infraestrutura e de investimentos financeiros.

No Brasil, o processo de industrialização iniciou-se enquanto política de Estado a partir da década de 1930, quando a dependência econômica nas exportações de matérias-primas, com destaque para o café, levou a economia do país a ruir diante da Crise de 1929. Tal proposição intensificou-se com o chamado Plano de Metas, na década de 1950, e acarretou para uma ampliação da produção industrial brasileira.

No entanto, essa concentração ocorreu, sobretudo, na região Sudeste do Brasil, com o predomínio da cidade de São Paulo, em função de sua posição geográfica estratégica e da herança econômica ofertada pela produção cafeeira, que conferiram a essa cidade uma ligação com o Oeste e com o Porto de Santos através das ferrovias.

Além disso, a partir da década de 1950, a indústria automobilística consolidou-se nessa região, o que foi fundamental para a concentração do parque industrial brasileiro na capital paulista e em sua região metropolitana. Tais processos provocaram uma rápida e precária urbanização, bem como a explosão de movimentos migratórios advindos das diferentes regiões do Brasil.

O resultado foi o grande surto populacional da região Sudeste. Em 1872, São Paulo contava com cerca de 32 mil habitantes e era a décima maior cidade brasileira; ao final do século XX, já se tornara a maior metrópole do país e a quarta maior do mundo, com mais de 20 milhões de habitantes, contando a cidade e sua região metropolitana, e 11 milhões, contando apenas a capital.

Na década de 1970, a produção industrial da capital paulista e de seu entorno representava quase a metade de toda a produção industrial nacional.

Todavia, a partir da década de 1980 em diante, houve esforços governamentais que se preocuparam em proporcionar uma desconcentração industrial do país, fato que só se efetivou claramente a partir da década de 1990. Apesar disso, São Paulo continuou na liderança nacional industrial, muito em virtude de sua modernização e ampliação de seu aparato tecnológico e industrial.


Observe o crescimento demográfico da cidade de São Paulo no século XX e como ele diminuiu a partir do século XXI. ¹

Desconcentração industrial e Desmetropolização

Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, as Unidades Federativas brasileiras ganharam maior autonomia no que diz respeito à política de implantação de impostos e de gerência de seu território.

O resultado disso foi a instauração de um fenômeno chamado de “Guerra Fiscal”, em que os estados passaram a brigar pela presença das indústrias em seus espaços. Tal preocupação dava-se no fato de que a instalação de indústrias em um dado local ampliava a geração de empregos, elevava o consumo e angariava investimentos para obras de infraestrutura.

O problema é que esse processo de desconcentração industrial do território brasileiro não foi acompanhado de uma política de gerência urbana do espaço, acarretando para a difusão de problemas socioambientais no espaço das grandes cidades, com o crescimento dos índices de violência e a precarização das escolas, que não possuíam capacidade para atender a todo o quantitativo populacional. Além disso, observou-se também a ocorrência da favelização das cidades, segregação urbana, crescimento desordenado e precarização do trabalho assalariado, o que reduzia o poder de consumo da população. Viver nas cidades, sobretudo a partir do final do século XX, tornou-se um grande desafio.

Diante disso, observa-se atualmente o crescimento dos polos industriais e farmoquímicos, bem como sua dispersão pelo país, o que vem resultando no processo de Desmetropolização das grandes cidades, que mesmo registrando crescimentos populacionais, não vêm atraindo mais a mesma quantidade de pessoas de outras regiões como anteriormente.

Em contrapartida, observou-se o crescimento das chamadas cidades médias, que se caracterizam por ter uma população fixada entre 200 e 500 mil habitantes e por não se encontrarem em regiões metropolitanas. Tais cidades vêm se tornando verdadeiros atrativos para indústrias que buscam menos prejuízos financeiros com transporte (em razão dos congestionamentos das grandes cidades), além de impostos menores, terrenos mais baratos e força sindical menos articulada, o que favorece a diminuição de custos com salários.

Outro fato que contribui para esse processo de desmetropolização é a consolidação da malha rodoviária do Brasil, diferentemente do que havia nos tempos de instalação das indústrias brasileiras. Atualmente é mais fácil – também em função da Revolução Técnico-Científica – a dispersão de produtos e serviços para dentro e para fora do território, de forma que a estratégia de localização da indústria no espaço diminuiu em importância.

Essa dinâmica vem favorecendo o crescimento das médias cidades que, no entanto, só oferecem boas condições de subsistência para trabalhadores que possuem qualificações ou experiência em ramos industriais cada vez mais avançados tecnologicamente.

Apesar disso, é importante frisar que não é possível dizer que as metrópoles tendem a reduzir suas populações nos próximos anos, até porque as cidades médias e pequenas já demonstraram não ser capazes de absorver toda a mão de obra presente nas grandes cidades. A tendência que vem se revelando é que elas também passem a apresentar problemas urbanos, sociais, ambientais e de mobilidade.





























SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6



OS CIRCUITOS DA PRODUÇÃO (II): O ESPAÇO



AGROPECUÁRIO











ATIVIDADE II.



APÓS A LEITURA DO TEXTO, FAZER UMA REDAÇÃO QUE COMPARE AS INFORMAÇÕES DE OUTROS MOMENTOS DA AGRICULTURA, COM O MOMENTO ATUAL.











Introdução

Em 1996, 24% da PEA (população economicamente ativa) brasileira trabalha no setor primário, mas a agropecuária é responsável por apenas 8% do nosso produto interno bruto (PIB).

Apesar da modernização verificada nas técnicas agrícolas em regiões onde a agroindústria se fortaleceu, ainda persistem o subemprego, a baixa produtividade e a pobreza no campo.  Muitas vezes quando analisamos apenas a modernização das técnicas e esquecemos de observar quais são as consequências da modernização nas relações sociais de produção e na qualidade de vida da população.

Cerca de 65% da força de trabalho agrícola é encontrada em pequenas e medias propriedades, que utilizam  mão-de-obra familiar. O que se verifica, na pratica, são realidades de vida muito diferente. Uma família que tenha uma propriedade rural próxima a um grande centro urbano e produza alimentos de forma intensiva para serem vendidos nas cidades ou forneça matéria-prima para as indústrias, terá uma rentabilidade muito maior do que uma família que tenha a propriedade em uma área de difícil acesso e pratique agricultura extensiva.

No Brasil, verificou-se, até fins dos anos 80, um enorme crescimento da área cultivadas com produtos agroindustriais de exportação em detrimento de cultivos voltados ao abastecimento interno. Atualmente, produtos do mercado interno apresentam grande aumento de produção. Isso se explica pela pratica da associação de culturas em grandes propriedades.

Em algumas áreas do país, sobretudo no interior do estado de São Paulo e na região Sul, houve um grande fortalecimento da produção agroindustrial e da organização sindical que, de forma geral, melhorou a vida da população, tanto rural quanto urbana. Norte e Nordeste não acompanham o ritmo de modernização e organização sindical do Centro-Sul por razões históricas, como o amplo predomínio de latifúndios e a falta de investimentos estatais em obras de infra-estrutura.

A outra faceta da modernização das técnicas é a valorização e consequente concentração de terras, a plena subordinação da agropecuária ao capital industrial, além da intensificação do êxodo rural em condições precárias. Os pequenos agricultores se vêem obrigados a recorrer a empréstimos bancários para se capitalizar e ter condições de cultivar a terra dentro dos padrões exigidos. É comum, depois de acumular dividas por alguns anos seguidos, serem obrigados a vender seu pedaço de terra, que ficou penhorado no banco quando contraiu o empréstimo, para evitar a quitação da divida através de leilão.

2 – Evolução da agricultura brasileira

De 1500 a 1822, todas as terras brasileiras pertenciam a coroa portuguesa, que as doava ou cedia seu direito de uso a pessoas de sua confiança ou conveniência, visando a ocupação do território e a exploração agrícola. A coroa portuguesa controlou a posse da terra, através da criação das capitanias hereditárias e das sesmarias, que atendiam as suas necessidades de obtenção de lucro a parti da exportação de produtos agrícolas cultivados no sistema de plantation,ou seja, em grandes propriedades monoculturas, escravistas e cuja produção era voltada a exportação.

Entre 1822, ano da independência política, e 1850, vigorou no Brasil o sistema de posse livre em terras devolutas. Ao longo desse período, a terra não tinha valor de troca, possuía apenas valor de uso a quem quisesse cultivar e vender sua produção.

Nesse período ainda vigorava a escravidão, a utilização da mão-de-obra servil trazida forçadamente da África, e os escravos negros eram prisioneiros dos latifundiários, o que os impediam de ter acesso as terras devolutas no imenso território brasileiro. A entrada de imigrantes livres nesse período foi muito pequena e restrita as cidades.

Em 1850, com o aumento da área cultivada com o café e a Lei Eusébio de Queirós, esse quadro sofreu profundas mudanças. Dada a proibição do trafico negreiro, a mão-de-obra que entrava no Brasil para trabalhar nas lavouras era constituída por imigrantes livres europeus, atraídos pelo governo brasileiro.

Com o claro intuito de garantir o fornecimento de mão-de-obra barata aos latifúndios, o governo impediu o acesso dos imigrantes a propriedade através da criação, também em 1850, da Lei de Terras. Com essa lei, todas as terras devolutas tornaram-se propriedade do estado, que somente poderia vende-las através de leilões, beneficiando quem tinha mais dinheiro, não o imigrante que veio se aventurar na América justamente por não ter posses em seu país de origem.

Isso nos leva a concluir  que essa lei, além de garantir o fornecimento de mão-de-obra para os latifúndios, servia também para financiar o aumento do volume de imigrantes que ingressava e, ao chegar ao Brasil, eram obrigados a se dirigir as fazendas, praticamente o único lugar onde se podia encontrar emprego. Nessa época, a posse da terra, era considerada reserva de valor e símbolo de poder.

Nesse período se iniciou no Brasil a “escravidão por divida”. Os “gatos” (pessoas que contratam  mão-de-obra para as fazendas) aliciam  pessoas desempregadas para trabalhar nos latifúndios, prometendo-lhes transportes, moradia, alimentação e salário. Ao entrar na fazenda, porém, os trabalhadores recrutados percebem que foram enganados, já que no dia em que deveriam  receber o salário são informados de que todas as despesas com transportes, moradia e salário, que nunca é suficiente para a quitação da divida.

No inicio da década de 30, em consequência da crise econômica mundial, a economia brasileira, basicamente agroexportadora, também entrou em crise. A região Sudeste, onde se desenvolvia a cafeicultura, foi a que enfrentou o maior colapso. Na região Nordeste, ocorreram  novas crises do açúcar e do cacau, enquanto a região Sul, com produção direcionada para o mercado interno, sofreu efeitos menores. A crise de 30 foi uma crise de mercado externo, de produção voltada para a exportação. Foi nesse período que ocorreu o inicio efetivo do processo de industrialização brasileira.

Outro desdobramento da crise foi um maior incentivo a policultura, e uma significativa fragmentação das grandes propriedades, cujos donos venderam suas terras para se dedicar a atividade econômica urbanas, sobretudo a indústria e o comercio. Foi um dos raros momentos da historia do Brasil em que houve um aumento de pequenos e médios proprietários rurais.

Em 1964, o presidente João Goulart tentou desviar o papel do Estado brasileiro do setor social. Pretendia também promover uma reforma agrária, que tinha como principio distribuir terras a população rural de baixa renda. Em oposição a política de Goulart, houve a intervenção militar  e a implantação da ditadura.

A concentração de terras ao longo da ditadura militar assumiu proporções assustadoras, e o consequente êxodo rural em direção as grandes cidades deteriorou a qualidade de vida de imensas parcelas da população, tanto rural quanto urbana. A partir da década de 70, foi incentivada a ocupação territorial das regiões Centro-Oeste e Norte, através da expansão das fronteiras agrícolas, assentadas em enormes latifúndios pecuaristas ou monocultores.

3- O Estatuto da terra e a estrutura fundiária

O estatuto da terra é um conjunto de leis criado em novembro de 1964 para possibilitar a realização de um censo agropecuário. Para a sua realização, surgiu a necessidade de classificar os imóveis rurais por categorias.

Pra resolver a questão, foi criada uma unidade de medidas de imóveis rurais o módulo rural assim definida: “área explorável que, em determinada porção do país, direta e pessoalmente explorado por um conjunto familiar equivalente a quatro pessoas adultas, correspondendo a 1000 jornadas anuais, lhe absorva toda força e, conforme o tipo de exploração considerado, proporcione um rendimento capaz de assegurar-lhe a subsistência e o progresso social e econômico”. Em outras palavras, módulo rural é a propriedade que deve proporcionar condições dignas de vida a uma família de quatro pessoas adultas. Assim, ele possui área de dimensão variável, levando em consideração basicamente três fatores que, ao aumentar o rendimento da produção e facilitar a comercialização, diminuem a área do modulo:

» Localização da propriedade: se o imóvel rural se localiza próximo a um grande centro urbano, terá uma área menor;

» Fertilidade do solo e clima da região: quanto mais propícias as condições naturais da região, menor a área do módulo;

» Tipo de produto cultivado: em uma região do país onde se cultiva, por exemplo, mandioca e se utilizam técnicas primitivas, o módulo rural deve ser maior que em uma região que produz morango com emprego de tecnologia moderna.

Foram criadas as categorias de imóveis rurais:

minifúndio: esses são os grandes responsáveis pelo abastecimento do mercado interno de consumo, já que sua produção é, individualmente, obtida em pequenos volumes, o que inviabiliza economicamente a exportação;

Latifúndios por dimensão: são as enormes propriedades agroindustriais, com produção quase sempre voltada a exportação;

latifúndios por exploração: tratam-se dos imóveis rurais improdutivos, voltados a especulação imobiliária. O proprietário não adquiriu a terra com a intenção de nela produzir, gerar emprego e ajudar o país a crescer, mas para esperar sua valorização imobiliária, vende-la e ganhar muito dinheiro sem trabalhar;

empresa rural: propriedade com área de um a seiscentos módulos, adequadamente explorada em relação às possibilidades da região.

É comuns os grandes proprietários, classificados na categoria de latifúndios por dimensão, parcelarem a propriedade da terra entre seus familiares para serem classificados como empresários rurais e pagarem um  imposto menor.

Existe a grande concentração de terras em mãos de alguns poucos proprietários, enquanto a maioria dos produtores rurais detém uma parcela muito pequena da área agrícola. Essa realidade é exatamente perversa, a medida que cerca de 32% da área agrícola nacional é constituída por latifúndios por exploração, ou seja, de terras parada, improdutiva a especulação imobiliária.

4- As relações de trabalho na zona rural

Trabalho familiar: Na agricultura brasileira, predomina a utilização de mão-de-obra familiar em pequenas e médias propriedades de agriculturas de subsistência ou jardinagem, espalhadas pelo país. Quando a agricultura praticada pela família é extensiva, todos os membros se veem obrigados a complementar a renda como trabalhadores temporários ou bóias-frias em épocas de corte, colheita ou plantio nas grandes propriedades agroindustriais. Ás vezes buscam subemprego até mesmo nas cidades, retornando ao campo apenas em épocas necessárias ou propícia ao trabalho na propriedade familiar.

Trabalho temporário: são trabalhadores diaristas, temporários e sem vinculo empregatício. Em outras palavras, recebem por dia segundo a sua produtividade. Eles têm serviço somente em determinadas épocas do ano e não possuem carteira de trabalho registrada. Embora completamente ilegal essa relação de trabalho continua existindo, em função da presença do “gato”, um empreiteiro que faz a intermediação entre fazendeiro e os trabalhadores. Por não ser empresário, o “gato” não tem obrigações trabalhistas, não precisa registrar os funcionários.

Em algumas regiões do Centro-Sul do país, sindicatos fortes e organizados passaram a fazer essa intermediação. Os bóias-frias agora recebem sua refeição no local  de trabalho, tem acesso a serviços de assistência médica e recebem salários maiores que os bóias-frias de região onde o movimento sindical é desarticulado.

Trabalho assalariado: representa apenas 10% da mão-de-obra agrícola. São trabalhadores que possuem registro em carteira, recebendo, portanto, pelo menos um salário mínimo por mês.

Parceria e arrendamento: parceiros e arrendatários “alugam” a terra de alguém para cultivar alimentos ou criar gado. Se o aluguel for pago em dinheiro, a situação á de arrendamento. Se o aluguel for pago com parte da produção, combinada entre as partes, a situação é de parceria.

Escravidão por divida: trata-se do aliciamento de mão-de-obra através de promessas mentirosa. Ao entrar na fazenda, o trabalhador é informado de que está endividado e, como seu salário nunca é suficiente para quitar a divida, fica aprisionado.

5-Nossa produção agropecuária

O Brasil se destaca no mercado mundial como exportador de alguns produtos agrícolas: café, açúcar, soja, suco de laranja. Entretanto, para abastecer o mercado interno de consumo, há a necessidade de importação de alguns produtos, com destaque para o trigo.

Ao longo da história do Brasil, a política agrícola tem dirigido maiores subsídios aos produtos agrícolas de exportação, cultivados nos grandes latifúndios, em detrimento da produção do mercado interno. Porém, em 1995, houve uma inversão de rumos e os produtos que receberam os maiores incentivos foram o feijão, a mandioca e o milho.

A política agrícola tem como objetivos básicos o abastecimento do mercado interno, o fornecimento de matérias-primas para a indústria, e o ingresso de capitais através das exportações.

Também se pratica pecuária semiextensiva em regiões de economia dinâmica oeste paulista, Triangulo Mineiro e Campanha Gaúcha, onde há seleção de raças e elevados índices de produtividade e rentabilidade. Nos cinturões verdes e nas bacias leiteiras, a criação de bovinos é praticada de forma intensiva, com boa qualidade dos rebanhos e alta produtividade de leite e carne. Nessa modalidade de criação, destacam-se o vale do Paraíba e o Sul de Minas Gerais. Já o centro-oeste de Santa Catarina apresenta grande concentração de frigorífico e se destaca na criação de aves e suínos em pequenas e médias propriedades, que fornecem a matéria-prima as empresas.









SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7



REDES E HIERARQUIAS URBANAS



ATIVIDADE III.



A PARTIR DO TEXTO FAZER UMA REDAÇÃO

 ABORDANDO COMO É CLASSIFICADA E

 QUAIS AS CARACTERÍSTICA DESTA

HIERARQUIA ENTRE AS CIDADES.



As cidades são espaços onde há intensa troca de mercadorias, bens e serviços. São lugares dinâmicos em que se polarizam diversas atividades econômicas, tais como a indústria e o comércio. Assim, há trocas materiais (mercadorias, fluxo de pessoas, etc.) e imateriais (fluxo de informações) entre as cidades. Essas trocas e relações formam a chamada Rede Urbana, que é o conjunto de cidades de um determinado território.

Nessas trocas, cada cidade tem um poder diferente de influência sobre a outra localidade. De acordo com sua importância econômica e política, e na oferta de equipamentos públicos e serviços para a população, ela irá ocupar o seu espaço na chamada Hierarquia Urbana.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um estudo denominado de REGIC – Rede de Influência de Cidades, que mostra como está estruturada a hierarquia e a rede urbana brasileira. Dessa maneira, o IBGE classificou as cidades em 5 níveis, sendo que alguns têm subdivisões. Vamos a eles:

1) Metrópoles – São cidades que têm forte poder de influência sobre uma escala maior de cidades, além de suas fronteiras estaduais. São reconhecidas 12 metrópoles, sendo as mesmas dividas em três subníveis:

a) Grande Metrópole Nacional: A cidade de São Paulo é única nesse nível.

b) Metrópole Nacional: Rio de Janeiro e Brasília são as cidades que fazem parte desse nível.

c) Metrópole: São 9 cidades nesse nível, sendo elas Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre.

2) Capital Regional – Neste nível, são 70 cidades em que a escala de influência restringe-se somente ao âmbito regional e estadual. Esse nível também possui três subdivisões:

a) Capital Regional A: nível constituído por 11 cidades brasileiras, com uma população média de 955 mil habitantes.

b) Capital Regional B: constituído por 20 cidades, com uma média de população de 435 mil habitantes.

c) Capital Regional C: constituído por 39 cidades, com uma média populacional de 250 mil habitantes.

3) Centro sub-regional: São 164 cidades que compõem esse nível, sendo que a escala de influência delas gira em torno da escala regional, geralmente nos municípios circunvizinhos. Esse nível possui duas subdivisões:

a) Centro sub-regional A: são 85 cidades, com uma média populacional de 95 mil habitantes.

b) Centro sub-regional B: constituído por 79 cidades, com uma população média de 71 mil habitantes. 

4) Centro de zona – é um nível hierárquico composto por 556 cidades de pequeno porte, com um poder de influência bem restrito a municípios próximos, subdividindo-se em:

a) Centro de Zona A: formado por 192 cidades, com média populacional de 45 mil habitantes.

b) Centro de Zona B: composto por 364 cidades, com a população estando numa média de 23 mil habitantes.

5) Centro local – é formado pelas demais 4473 cidades brasileiras, com um poder de influência que não extrapola seus limites municipais, com a população sempre abaixo de 10 mil habitantes.



SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8

A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO E AS



CIDADES





ATIVIDADE IV.





USE O TEXTO COMO BASE PARA FAZER UMA REDAÇÃO SOBRE A ATUAL SITUAÇÃO DA REDES DE INFORMAÇÃO NO BRASIL.










O Jornal de todos Brasis



Coluna Econômica -25/01/2012





Talvez porque o tema gestão pública não seja devidamente compreendido pela mídia, passou com pouco destaque o início de uma verdadeira reforma de Estado brasileira, ocorrida na última reunião ministerial presidida por Dilma Rousseff.

Lá, foi solicitado a cada Ministro que, no prazo de seis meses, prepare o sistema de informações online do seu Ministério, para acompanhamento das ações em tempo real.

Mais da metade da reunião girou em torno do tema.

A pedido de Dilma, o Secretário Executivo do Ministério da Previdência, Carlos Eduardo Garbas, apresentou o sistema de indicadores da pasta, que permite saber, em tempo real, quantas consultas estão sendo realizadas no dia, até aquela hora, quantas pericias sendo feitas em cada unidade de serviço.

Depois, coube ao ainda Ministro da Educação Fernando Haddad mostrar o sistema de monitoramento da sua pasta.

Ele foi ao computador, clicou o endereço simec.mec.gov.br e abriu a tela no Simec (Sistema Integrado de Informação e Controle do Ministério da Educação). Apareceram então mais de 30 links sobre os mais diversos temas, do Monitoramento e Avaliação do PPA, do PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), do ENEM, da Gerência de Projetos até as Ações Indígenas de Formação Escolar.

Clicando em cada campo, aparece um manual de instruções e um campo para cadastro (ou login). A pessoa se cadastra pelo CPF. E o sistema apresenta as informações pertinentes ao seu cargo – para consulta ou para ser alimentado.

No caso das obras, o sistema permite acompanhar parede a parede levantadas. Em muitos locais, há webcams mostrando a obra online.

Cada ministério terá seis meses para criar seu sistema, já que os serviços prestados são diversificados – de serviços médicos até obras.

O objetivo inicial será para uso interno, permitindo à Casa Civil monitorar todas as ações de governo. No início, não será aberto ao público até os dados se mostrarem consistentes, com confiabilidade.

Depois, será aberto ao público e aos órgãos de controle.

Há dois objetivos nesse movimento.

O primeiro, o de permitir um efetivo controle das ações dos Ministério, conferindo-lhes mais efetividade e transparência.

O segundo, permitir ao Executivo se antecipar aos órgãos de controle e à mídia na identificação de problemas que possam ocorrer nos projetos.

Essa medida, mais o o SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), a Lei de Transparência (obrigando todos os órgãos públicos dos três poderes, mais autarquias, estados e municípios a fornecerem informações pela Internet) conferirão à administração pública brasileira uma transparência inédita.

Dilma mencionou esse fato como a verdadeira reforma do estado, sem demissões, sem traumas, apenas com o uso ampliado da informação.

Só isso não resolverá. Esse volume inédito de informações não se coaduna com o modelo atual burocrático do Estado brasileiro, excessivamente centrado nos detalhes, não nos resultados, nos meios, não nos fins.

Sem mudanças na legislação e nos procedimentos, o setor público não terá como conviver com esse volume novo de informações.





VOLUME 02





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1





MATRIZES CULTURAIS DO BRASIL







ATIVIDADE V.



USE O TEXTO PARA AMPLIAR A PESQUISA SOBRE OS EXTRANGEIROS QUE VIERAM PARA O BRASIL NA COLONIZAÇÃO E COMO ELES OCUPAM NOSSO TERRITÓRIO NOS DIAS DE HOJE?



Matrizes culturais do Brasil



Diz-se de matrizes culturais do Brasil a formação cultural de sua população que ocorreu através da miscigenação de vários grupos étnicos. A princípio o branco europeu, o índio e o negro e posteriormente, no século XIX, a entrada de migrantes principalmente europeus. Quando os portugueses chegaram aqui, encontraram  vários grupos étnicos que possuíam semelhanças e diferenças culturais, mas foram todos considerados índios. A primeira miscigenação que ocorreu foi com o branco europeu e os índios do Brasil.

Para Portugal tornar o Brasil produtivo usou primeiramente o trabalho indígena, o qual não se mostrou eficaz. A solução foi trazer os negros, os quais Portugal já conhecia da costa africana. Esses passaram a ser escravizados no Brasil no início do ciclo da cana-de-açúcar. O negro, deslocado de sua terra e de sua cultura, foi o terceiro elemento da formação étnica do Brasil.

Do século XVI ao início do século XIX, a constituição étnica principal do Brasil foi o negro, o índio e o branco. No início do século XIX, várias mudanças estruturais fizeram com que a população do Brasil aumentasse. A vinda da família real, a necessidade de uma força armada e a grande necessidade de povoar o território figuram entre as principais mudanças.

 Em meados do século XIX a necessidade de mão de obra para a lavoura do café traria muitos migrantes em situação extremamente difícil para trabalhar nas fazendas de café. Por volta de 1850 -1930 chegaram ao Brasil imigrantes de origem europeia e alguns asiáticos. Grande levas de portugueses, espanhóis e italianos entram no país. Também chegaram alemães, libaneses e japoneses. Todos contribuíram muito com a formação cultural do Brasil, pois na nova terra manifestavam seus costumes e suas crenças, influenciaram e foram influenciados. Nossa música, nosso idioma, nossas festas populares, nossas crenças tiveram influências significativas desses povos que aqui se fixaram.











SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2



A DINÂMICA DEMOGRÁFICA







ATIVIDADE VI.





A PARTIR DOS TÓPICOS A SEGUIR FAÇA UMA REDAÇÃO EXPLICANDO A DINAMICA DEMOGRÁFICA NO BRASIL.

As populações são estudadas por um conjunto variado de disciplinas e sob múltiplos aspectos (dinâmica populacional, distribuição por sexo e faixa etária, nível de instrução, comportamento reprodutivo, mortalidade, etc.) e com diversas finalidades.

Dinâmica demográfica Brasileira : Conceitos Crescimento vegetativo brasileiro Pirâmides etárias do Brasil

Conceitos A demografia é o estudo da dinâmica da população humana. O termo se origina das palavras gregas demo = povo; grafia = descrição.

População relativa , densidade populacional ou densidade demográfica é a relação entre o número de habitantes e a área do território onde se distribuem, geralmente expressa em habitantes por quilômetro quadrado.

 O crescimento populacional contém um componente vegetativo ou natural (diferença entre nascimentos e óbitos) e um componente migratório (diferença entre a entrada e a saída de pessoas de um território). Crescimento vertical  crescimento vegetativo Crescimento horizontal  fluxo migratório

Crescimento vegetativo do Brasil Queda da natalidade: processo de urbanização. entrada da mulher no mercado de trabalho. casamentos tardios. elevado custo de criação dos filhos. difusão dos métodos anticoncepcionais. mudanças de comportamentos.

Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos. Hoje 2,2.

Processo de urbanização

Entrada da mulher no mercado de trabalho

Elevado custo de criação dos filhos. Para criar um filho, do berço à universidade, uma família de classe média alta pode gastar cerca de 400 000 reais. O dinheiro é suficiente para comprar um ótimo apartamento num bairro nobre.

Métodos anticoncepcionais,7% da mulheres utilizam de algum método contraceptivo.

Queda da mortalidade Urbanização Revolução médico-sanitária Melhoria nas condições de vida da população.

Pirâmides etárias do Brasil Queda da natalidade maior que a queda na mortalidade. Redução drástica no crescimento vegetativo. Estreitamento da base e alargamento do topo. ( maior expectativa de vida). Envelhecimento da população brasileira.















SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3





O TRABALHO E O MERCADO DE TRABALHO



ATIVIDADE VII.



O TEXTO A SEGUIR TEM SEU PONTO DE



VISTA NO PRESENTE, APONTE ALGUMAS

SITUAÇÕES DO PASSADO QUE SÃO

 SEMELHANTES AS DE HOJE E, FAÇA UMA

REDAÇÃO EXPLICANDO

 População Economicamente



Ativa – E COMO SÃO CLASSIFICADAS AS



PESSOAS QUE ESTÃO OCUPADAS?



O mercado de trabalho tem suas origens no período da Revolução Industrial, no qual as relações entre operários e organizações passam a assumir uma maior importância no contexto econômico e social.

O que é o Mercado de Trabalho?


O mercado de trabalho é a integração da mão de obra àqueles que procuram profissionais qualificados. Em resumo, é a oferta e a procura de emprego, que abrange todas as áreas da economia de um país, tanto em áreas privadas, públicas, profissionais liberais e pessoas físicas, e é regido por regras formais e informais estabelecidas para os salários, benefícios, carreira, comportamentos e, em contrapartida, a disponibilidade de profissionais que desejam ingressar neste mercado de trabalho.

Com um aumento na busca de empregos com salários mais elevados e de maior relevância, os profissionais buscam aperfeiçoar-se cada vez mais, tornando o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, fazendo com que os profissionais ofereçam não só os requisitos exigidos para ocupar determinada vaga, mas também ofereçam diferenciais para assumir o cargo.

Entende-se também que os trabalhadores têm liberdade para escolher entre as várias opções no mercado de trabalho, de acordo com seus interesses, competências e habilidades essenciais, e, por conseguinte, serão remunerados de acordo com sua capacidade de capital humano.

O Mercado de Trabalho e a Economia


A economia de um país baseia-se nas atividades do mercado de trabalho, levando em conta variáveis como faixas salariais, produtividade, qualificação, índice de emprego, qualificação, são fatores fundamentais ao traçar os indicadores econômicos de um país.

Talvez a característica mais marcante das relações econômicas seja a lei da oferta e da procura. Via de regra, quanto maior for a oferta de um produto ou de um serviço, se a procura se mantiver a mesma, menor será o valor cobrado por ele, pois a concorrência de mercado obriga a redução dos preços para tornar viável as vendas. Por outro lado, se a procura é maior do que a oferta, a tendência é que o valor cobrado pelo produto seja maior.

Em termos de profissões pode-se dizer que quando existe a formação de excesso de profissionais e falta de procura desses profissionais não há um equilíbrio entre a oferta e a procura e ocorre o que se chama uma saturação de mercado, em que não existem suficientes postos de trabalho para absorver os profissionais.

Por outro lado pode acontecer que não exista oferta em excesso mas sim procura em falta. Este é um dos casos que acontece quando, por exemplo, a indústria progride e inova rapidamente. Deixa de haver procura de uma dada profissão ou qualificação que está sendo substituída pela procura de outra profissão ou qualificação em que ainda não há oferta suficiente, gerando desemprego que também está ligado com o aumento no numero de máquinas, que podem substituir a mão de obra.

Mercado de trabalho nos dias de hoje


No momento atual, em virtude do maior acesso à informação e estudos, os trabalhadores pleiteiam as vagas de trabalho em condições de igualdade dentro de suas formações. Porém, não há garantias de uma permanência perdurável no emprego. Além disso, o trabalhador inserido no atual mercado de trabalho deve estar preparado para constantes pressões por geração de lucros, produtividade e inovação, ainda que exista uma maior possibilidade de negociação do salário, visto que agrega valores à empresa.



Em meados do século XX, surge outra vertente econômica, o keynesianismo, que entre outras propostas defendia a intervenção do Estado na economia. Os adeptos dessa visão contestam o modelo de mercado de trabalho descrito pelos neoclássicos no que tange à lei da oferta e demanda. Para estes, a demanda por trabalho não é determinada pela remuneração, e sim pela necessidade de produção da empresa para atender seu mercado consumidor ou o que se espera vender a este. Desta forma, a demanda por mão de obra é definida fora do proposto pelo modelo de mercado de trabalho dos neoclássicos. Assim, seria possível ocorrer situações onde a oferta de emprego possa ser inferior à mão de obra disponível, configurando-se o cenário de desemprego.

Todas essas abordagens trazem a visão do Mercado de Trabalho como uma unidade, de maneira que seria possível a todos os trabalhadores se candidatarem para qualquer vaga que esteja em oferta. Ao enfocar o mercado de forma ampla, ainda que sejam conceituadas as relações de lutas entre classes, competências e até mesmo a interferência estatal, não são considerados fatores de contexto regional, demográfico ou profissional, por exemplo. Fatores estes que podem originar rearranjos nas relações entre capital e trabalho, proporcionando o surgimento de segmentações de mercado.





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

A SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL E A

 EXCLUSÃO SOCIAL





ATIVIDADE VIII.



COM BASE NO TEXTO E UMA PESQUISA COM CHARGES COMO A QUE VOCE TEM NO CADERNO DO ALUNO (COLOQUE NO TRABALHO AS CHARGES), FAÇA UMA REDAÇÃO RELATANDO EXERCÍCIOS DE CIDADANIA COMO A OCUPAÇÃO DE ESCOLAS PÚBLICAS EM SÃO PAULO.



Segregação e Exclusão Social

O termo segregar significa separar, marginalizar, isolar o contato, distanciar algo ou alguém considerado diferente. No estudo da Sociologia, a segregação social é definida como uma separação espacial (geográfica) de um grupo de pessoas, em virtude de diversos fatores, como a raça, o poder aquisitivo, religião, etnia, educação, nacionalidade ou qualquer outro fator que possa servir como meio de discriminação.

Com a consolidação do capitalismo como sistema econômico há alguns séculos, a sociedade passou a ser dividia em basicamente duas classes: a dos capitalistas, que sãos os proprietários dos meios de produção (indústrias, comércios, grandes propriedades rurais, bancos, etc.); e os trabalhadores, que vendem aos capitalistas sua força de trabalho, isto é, sua capacidade física e intelectual de produzir, em troca de uma remuneração que garanta sua sobrevivência.

Essa divisão da sociedade imposta pelo capitalismo provoca uma significativa desigualdade social, onde a maior concentração de renda é detida por um número menor de pessoas. Em linhas gerais, as desigualdades sociais são mais acentuadas nos países subdesenvolvidos e mais brandas nos países desenvolvidos.

As desigualdades sociais, por sua vez, são motivos de discriminação muito comuns em sociedades capitalistas. A diferença de poder aquisitivo tem a capacidade de separar grupos, fazendo com que grupos economicamente mais ricos ocupem regiões distintas daqueles que vivem em condições de pobreza. É como um ciclo: as desigualdades geram segregação social, e a segregação acentua a desigualdade.

Se traçarmos um panorama das cidades brasileiras, será possível notar que, na maioria ou em todas as cidades existe pelo menos um bairro ou região onde moram apenas pessoas de maior poder aquisitivo, enquanto outras regiões são habitadas por cidadãos mais pobres.

Nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, existe um grande número de favelas, onde, muitas vezes, as moradias são construídas em locais inapropriados, o saneamento básico é precário ou não existe, o acesso à educação e aos serviços de saúde é mais restrito, o índice de desemprego é maior e, é claro, a renda dos moradores é baixa. Por outro lado, nessas mesmas cidades, existem diversos bairros de luxo, onde predominam os condomínios fechados, com saneamento básico eficiente, sistemas educacionais privados, excelentes atendimentos de saúde, mais e melhores oportunidades de emprego, além de uma grande concentração de renda daqueles que ali residem.

Além da segregação relacionada ao poder econômico, é muito frequente também a segregação social devido à raça. Esse tipo de segregação ocorre quando pessoas de uma determinada raça são proibidas de frequentar locais públicos, como escolas, clubes, restaurantes e outros ambientes de lazer.

O melhor exemplo de segregação racial no mundo é o Apartheid, um regime racista imposto à população negra pela minoria branca da África do Sul. De acordo com tal regime, oficializado em 1948, os negros eram obrigados a viver em regiões isoladas, não tinham direito de voto, não podiam circular em determinadas áreas das cidades, eram proibidos de se relacionar com pessoas brancas e também de frequentar os mesmos lugares que elas.

O domínio político e separatista dos brancos na África do Sul só acabou em 1994, quando as eleições multirraciais levaram ao poder o líder Nelson Mandela, primeiro presidente negro do país.

Como fruto das desigualdades e da segregação, surge a exclusão social, que pode ser definida como o extremo da marginalização. Os grupos socialmente excluídos são privados de praticar seus direitos básicos como cidadãos, vivendo em situações de pobreza extrema, de falta de moradia, de desemprego, de má distribuição de renda, de falta de acesso à educação e à saúde e de analfabetismo.

No Brasil, temos o Índice de Exclusão Social (IES), um indicador das desigualdades sociais que tem como parâmetro os níveis de escolaridade, de alfabetização, de acesso aos serviços de saúde, de violência, de empregos formais (com registro em carteira de trabalho) e de pobreza da população de todos os municípios brasileiros. Esse índice foi criado em 2002 a partir dos dados obtidos no censo demográfico de 2000.

Os piores índices de exclusão social do Brasil são os das regiões Norte e Nordeste (com poucas exceções), enquanto os melhores índices estão no Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Essas desigualdades que permeiam entre as regiões brasileiras têm suas origens, principalmente, na herança histórica de ocupação do território e no desenvolvimento das atividades econômicas.

O contexto de desigualdades existente não só no Brasil, mas no mundo como um todo, mostra a necessidade de uma reestruturação, que seja capaz de corrigir essas divergências econômicas e sociais e banir a exclusão de grupos sociais. No entanto, sabe-se que essa necessidade não tramita na mesma direção dos interesses do sistema capitalista e financeiro mundial, daí a dificuldade de mudar esse cenário.

Referências

ALVES, Andressa, BOLIGIAN, Levon. Geografia – espaço e vivência. São Paulo: Atual, 2004.

COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral – volume único. São Paulo: Saraiva, 2005.