CARPE DIEN

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

01 DE DEZEMBRO 2015 DATA LIMITE DA ENTREGA DAS ATIVIDADES COMPENSAÇÃO






PARA TODAS AS SÉRIES



ENTREGA DAS ATIVIDADES 



DE COMPENSAÇÃO DE AUSÊNCIAS 



01 DE DEZEMBRO 2015



TERÇA-FEIRA




sábado, 21 de novembro de 2015

1as SÉRIES ATIVIDADE DE COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS






COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS 1as SÉRIES – 2015













AS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM AQUI ESPECIFICADAS, SÃO OS OBJETOS DAS ATIVIDADES DE COMPENSAÇÃO DE AUSENCIAS.



FAZER CADA ATIVIDADE



SEPARADAMENTE MESMO, SE FIZER



MANUSCRITA.





 CONFIRA EM UMA LISTA AQUI DO BLOG EM

QUANTAS FALTAS VOCE EXCEDEU DE 8

(OITO) FALTAS - SENDO 4 (QUATRO)

PERMITIDAS NO SEGUNDO BIMESTRE E + 4

(QUATRO) PERMITIDAS NO TERCEIRO

BIMESTRE.






DISTRIBUIDOS DA SEGUINTE FORMA:



ATIVIDADE I. para os que excederam de



1 (uma) a 2 (duas) faltas .







ATIVIDADES I. e II. para os que excederam



de 3 (três) a 5 (cinco) faltas.





ATIVIDADES I., II. e III. para os que



excederam de 6 (seis) a 9 (nove) faltas.







ATIVIDADES I., II, III e IV. para os que



excederam de 10 (dez) a 14 (quatorze)



faltas.





ATIVIDADES I., II., III., IV. e V. para os



que excederam de 15 (quinze) a 20



(vinte) faltas.







ATIVIDADES I., II., III., IV., V. e VI. para



os que excederam de 21 (vinte e uma) a



27 (vinte sete) faltas.





ATIVIDADES I., II., III., IV., V., VI., VII e



VIII. para os que excederam de 28



(vinte e oito) faltas em diante.















VOLUME 01





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

A MUDANÇA DAS DISTÂNCIAS GEOGRÁFICAS E OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS





ATIVIDADE I.



COM UMA PESQUISA BEM FEITA E A AJUDA DO TEXTO, FAÇA UMA REDAÇÃO RELATANDO COMO AS TAIS MUDANÇAS DE DISTÂNCIAS INTERFERIRAM NAS FORMAS DE COLONIZAÇÃO/OCUPAÇÃO NO PASSADO.













Em Geografia, pode-se afirmar que a globalização diz respeito à construção de novos espaços e novas relações sociais desenvolvidas nesse quadro. Trata-se de uma nova configuração geográfica que se superpõe aos territórios nacionais, por vezes conflituosamente, outras harmoniosamente. Isso pode significar mudanças importantes nos próprios Estados nacionais com a presença, em seus territórios, de pontos de rede de corporações transnacionais e de redes técnicas, propiciando um aumento extraordinário da circulação de capital, de bens industriais, de serviços e informações produzidos na escala mundial.

Essa agilidade da circulação se dá porque os espaços globais são suportes ativos dos processos socioeconômicos que ocorrem na escala mundial. Esses negócios são alimentados pelo que há de mais avançado em tecnologias de produção e circulação. Assim esses espaços da globalização se realizam como expressões geográficas da nova ordem mundial.

O Brasil foi o quarto pais da América a receber a receber pessoas de outros países.

O marco do início da imigração em nosso país foi o decreto assinado em 1808 por D. João VI, que permitia a posse de terras por estrangeiros. A partir daí, grandes contingentes de portugueses, italianos, alemães, espanhóis, eslavos e japoneses, entre outros, procuraram o Brasil como nova pátria.



A IMIGRAÇÃO JAPONESA

O Brasil é o país que tem a maior comunidade japonesa fora no exterior. São 1.500.000 pessoas entre japoneses e seus descendentes. Isso resulta de uma onda migratória proporcionada pelo Tratado de Amizade, Comercio e Navegação Brasil-Japão, assinado em 1895. De 1908 a 1941 migraram para o Brasil 188.986 japoneses. Esse fluxo foi interrompido pela Segunda Guerra Mundial e retomado nos anos 1950, quando vieram mais 53.555 imigrantes.

A situação se inverteu: agora são 225.000 brasileiros que estão trabalhando no Japão. No entanto, atualmente não existe a mesma rigidez na imigração Brasil-Japão quanto houve na imigração Japão-Brasil ocorrido no início do século XX, na qual inúmeros camponeses pobres perfizeram os 18.557km em 52 desgastantes dias de viagem dentro de um navio, sem a possibilidade de “bater em retirada” e retornar a sua terra natal. Todavia, algo muito interessante e surpreendente aconteceu na geografia do mundo contemporâneo atualmente o Japão está bem mais próximo do nosso país. Se antes essa distancia eram extensos 18.557km. Nada mudou? Mudou sim: os extensos 18.557km significam 52 dias de navio e os atuais 18.557km correspondem a 24 horas de voo de avião. Em termos gerais, para as populações atuais dos dois países, essa mesma distância e outra, tem outro significado em suas vidas, mas essa não e a melhor forma de se medir as distancias geográficas. Uma aceleração no percorrer da distancia geográfica. Uma aceleração dada pelo desenvolvimento e pelo acesso a novos meios tecnológicos que fizeram o espaço geográfico ser outra coisa; uma aceleração que altera as relações entre essas duas sociedades (Brasil-Japão).



PROBLEMATIZAÇÃO DOS FLUXOS MIGRATÓRIOS INTERNACIONAIS: ACELERAÇÃO E FECHAMENTO DE FRONTEIRAS

O aumento da mobilidade geográfica de bens, mercadorias e pessoas é a globalização das relações humanas, cujo potencial transformador já demonstrou seu poder, embora muito ainda esteja por acontecer. Nesse novo cenário o documento mais importante nesse mundo globalizado não é mais a carteira de identidade e sim o passaporte.

Potencialmente as condições para que as migrações se acelerem estão dadas:

1 – é mais fácil viajar, os meios de transportes são mais eficientes e os custos mais baratos:

2 – pode-se fazer experiências temporárias. Porem, há restrições político-sociais ao processo migratório. Por isso o que menos circula no “mundo globalizado” são as pessoas. Mesmo assim, as migrações cresceram bastante em comparação com o passado.

3 – No início do século XXI, o fechamento das fronteiras fez aumentar o número de clandestinos, o que é difícil de estimar. Por exemplo: seriam uns sete milhões nos EUA.

4 – Para os países de origem, as consequências por vezes são negativas, como por exemplo, no caso da fuga de cérebros.

5 – As consequências são positivas para grupos que permanecem em razão da remessa de recursos: em 2005 foram 225bilhões de dólares, o que representa mais que a ajuda oficial direta para o desenvolvimento. Por vezes um imigrante sustenta em media, dez pessoas.



A GLOBALIZAÇÃO E AS REDES GEOGRÁFICAS



A INTERNET

A uma organização do espaço geográfico que permite que o mundo esteja aqui e que estejamos no mundo e que a ele pertençamos. Essa nova organização permite que os fluxos se acelerem. E essa nova ordem geográfica é uma ordem de redes geográficas.

Os territórios nacionais possuem fronteiras, distancias geográficas, culturais, políticas e econômicas diversas, mas o contato entre suas populações é cada vez mais intenso e isso se dá por meio de um “concorrente” do território: a rede geográfica. A rede geográfica tem o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais.



AS CORPORAÇÕES

Corporação é um grupo que reúne varias empresas de diversos ramos e que concentra muito capital e interesses sob um único controle. Há corporações que tem empresas que atuam no ramo do petróleo, no industrial, no agronegócio, no sistema financeiro e n produção de filmes para o cinema e televisão, por exemplo. Isso só se explica quando os lucros crescem, os grupos econômicos vão diversificando seus negócios e suas localizações, a fim de garantir maiores lucros.

As empresas globais:

Após a Segunda Guerra Mundial, as grandes empresas dos países desenvolvidos “invadiram” os países subdesenvolvidos para fabricar seus produtos e aumentar seus mercados de consumo.

Desse modo, não só fugiram dos pesados impostos e das severas leis trabalhistas de seus países de origem, mas também aproveitaram as vantagens da mão de obra mais barata nas novas unidades. Como seus produtos eram feitos em vários países, ficaram conhecidas multinacionais. Hoje prefere-se denomina-las transnacionais, uma vez que não são empresas de vários países, como a antiga terminologia poderia sugerir, mas empresas de um só país cuja ação ultrapassa fronteiras. As corporações econômicas mais poderosas transcendem os espaços nacionais e criam um espaço global com base numa malha de redes técnicas e geográficas.

 O interesse das grandes empresas é economizar tempo, aumentando a velocidade da circulação. Os fluxos de mercadorias, de serviços, de informações circulando rapidamente pelas redes técnicas (transportes e telecomunicações) no mundo todo permitem o acesso a vastos mercados (e muito mais). As corporações que tem acesso, controle e investimento nessas redes técnicas obtém desse fato uma grande dose de poder econômico.

Nos anos de 1980, as grandes empresas transnacionais perceberam que o modo de produção multinacional já não correspondia ao seu objetivo básico, isto é, mais lucro e aumento dos investimentos. Portento procuraram uma forma de aumentar esses lucros com redução de custos ( matéria-prima e mão de obra).

A empresa transnacional passou, então, a ser global, isto é, a aproveitar todas as vantagens que o espaço mundial oferece. Ela, por exemplo, pode fazer o seu projeto nos Estados Unidos, fabricar os componentes em Taiwan e montar o produto na Argentina. Uma transnacional se instala sempre em lugares onde encontra vantagens para que seu produto chegue ao mercado a preços mais baixos e com maior lucro para a empresa. Na fabrica global, os processos de produção são mundializados, isto é, possuem unidades de produção complementares em  vários países.



OS GRANDES FLUXOS DO COMERCIO MUNDIAL E A CONSTRUÇÃO DE UMA MALHA GLOBAL

Com o fim da velha ordem bipolar e a volta do mundo ao capitalismo, que prioriza o lucro e propriedade privada, a economia mundial passou a funcionar segundo a lógica desse sistema.

As mudanças fundamentais que ocorreram nessa fase do capitalismo financeiro passou a ser chamada de globalização.  Na globalização a um crescente aumento dos fluxos de informações, mercadorias, capital, serviços e de pessoas, em escala global. São as redes, que podem ser materiais (transportes) ou virtuais (internet). A integração de economias, culturas, línguas, produção e consumo através das informações, transformaram o mundo em uma aldeia global. Com a facilidade e a rapidez dos fluxos comerciais e de capitais, entre os países, tornou- os extremamente dependentes uns dos outros, apesar da concorrência. Com a globalização e a economia-mundo, não se discutem apenas problemas econômicos na aldeia global.

























SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6



A GLOBALIZAÇÃO E AS REDES



GEOGRÁFICAS















ATIVIDADE II.







PESQUISANDO SOBRE AS REDES GEOGRÁFICAS FAÇA UMA REDAÇÃO QUE RESPONDA AS SEGUINTES DÚVIDAS:



  1. Mas o que significa essa diferença entre uma multi nacional e uma trans nacional?


2.Que espaços, de fato, são aqueles em que as corporações baseiam suas atividades?


3.Serão os espaços nacionais (territórios nacionais) convencionais?


4.As corporações econômicas mais poderosas transcendem os espaços nacionais e criam um espaço global com base numa malha de redes técnicas e geográficas?









 A globalização e as redes geográficas

Quando se fala em globalização, é possí­vel se entender várias coisas, mas há uma que todos entendem: existe uma presença muito maior do mundo em cada localidade. Isso se expressa pela enorme presença de produtos de diversas partes do mundo e também pelo número elevado de informações sobre o mundo. Parte expressiva do que ocorre, do que se faz, do que se pensa em outras localidades pertence agora a nossa realidade.

Há uma nova organização do espaço geográfico que permite que o mundo esteja aqui e que estejamos no mundo e que a ele pertençamos. Essa nova organização permite queos fluxos se acelerem. E essa nova ordem geográfica é uma ordem de redes geográficas.Palavras-chave na Geografia, como espaço e território, hoje, devem ser acompanhadas por mais uma da mesma importância, a rede geográfica, que é a forma principal dos espa­ços da globalização.

Os territórios nacionais possuem frontei­ras, distâncias geográficas, culturais, políticas e econômicas diversas, mas o contato entre suas populações é cada vez mais intenso e isso se dá por meio de um "concorrente" do território: a rede geográfica. A rede geográfica tem o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais. Existiria exemplo mais acabado dessa nova realidade do que a rede técnica mundial da in­ternet?

Veja os mapas “Internautas, 1991-2006” e “Mundo: posse de computadores pessoais no mundo, 2002”, nas páginas 13 e 14, respectivamente. São mapas quantitativos que fazem uso da variável visual tamanho, mapas para ver, pois devido à força expressiva da imagem, qualquer pessoa que os veja, vai perceber que o fenômeno representado é mais relevante nos EUA mesmo sem sa­ber de que fenômeno se trata. “Internautas” é um mapa ordenado que faz uso da variável visual valor (tonalidades de uma única cor, no caso o marrom). As tonalidades mais escuras expressam um número maior de internautas (usuário individual) em grupos de 100 habitantes (o valor mais elevado é de 87,7 por 100) e as mais claras, o contrário. O mapa é acompanhado por um gráfico evolutivo e quantitativo que, por sua vez, faz uso da variável visual tamanho e mostra o crescimento do número de internautas no período de 1991-2006, indicando também o número de vezes que o volume de internautas foi multiplicado. O mapa “Mundo” tem uma força comunicativa poderosa e ao mesmo tempo revela de forma aguda certos fenômenos geográficos.

Ao examinar essa representação, é interessante ter ao lado um mapa mundi convencional. Para definir o tamanho dos continentes, utilizou-se uma métrica numérica, uma medida que não é a convencional com base em km2. Não foi uma métrica territorial. Essa anamorfose sobre a posse de computadores pes­soais poderia não comunicar grande coisa se não tivéssemos todos, uma familiaridade muito grande com as formas convencionais do mapa mundi. Mas como a temos, logo percebemos a força comunicativa das defor­mações.

A linguagem das representações cartográficas foi uma preparação para a exploração cognitiva delas em conjunto. Afinal, elas, cada qual à sua maneira vão dar uma idéia dessa inovação revolucionária na vida humana e na estruturação dos espaços geográficos graças à rede técnica mundial da internet.

Redes geográficas: o espaço de ação das corporações transnacionais.

Vamos esclarecer um dos enigmas da globalização e do mundo contemporâneo: a diferença entre termos que parecem ter o mesmo significado. Entre empresa e corporação a diferença é: uma corporação é um grupo que reúne várias empresas de diversos ramos e que concentra muito capital e interesses sob um único controle. Há cor­porações que têm empresas que atuam no ramo do petróleo, no industrial, no agronegócio, no sistema financeiro e na produção de filmes para cinema e televisão, por exemplo. Isso só explica que, quan­do os lucros crescem, os grupos econômicos vão diversificando seus negócios e suas localizações, a fim de garantir maiores lucros. A empresa é individual, só atua em um ramo.







SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7

OS GRANDES FLUXOS DO COMÉRCIO MUNDIAL E A CONSTRUÇÃO DE UMA MALHA GLOBAL









ATIVIDADE III.



DEPOIS DE UMA PESQUISA MUITO BEM FEITA SOBRE O ASSUNTO, FAÇA UMA REDAÇÃO EXPLICANDO COMO ACONTECE A COMPRA/VENDA NOS DIAS DE HOJE.



O comércio é por definição uma forma de relação humana que implica colocar em contato grupos sociais diferentes. Na origem da história humana para um grupo A interessava obter de outros grupos aquilo que não se con­seguia produzir, aquilo que somente outros grupos possuíam. Esse gênero de relação exigia estender relações sobre espaços mais amplos, obrigava a abrir caminhos, rotas e construir portos, estimulava a criação de novos meios de transporte e impunha a criação de estruturas para os comerciantes. Como se vê, o comércio é uma atividade humana produtora de novos es­paços humanos e uma atividade que ensinou o ser humano a lidar com a distância geográfica.

No mundo contemporâneo tudo isso in­tensificou extraordinariamente. Com os no­vos meios disponíveis, as atividades comer­ciais aumentaram o poder de uma das forças propulsoras da "fabricação" de novos espa­ços e do aperfeiçoamento dos meios de supe­ração da distância entre as realidades geográ­ficas. Vamos pensar nas marcas de produtos comerciais que frequentam nosso dia-a-dia. Qual a origem nacional da marca? Numa série de produtos (roupas, calçados e eletrônicos, por exemplo) onde é a localidade da fabrica­ção? São duas coisas diferentes: um produto pode ter uma marca de origem americana e ser produzido na China. Uma marca pode ser francesa e seu produto pode ser, ao menos em parte, produzido no Brasil.

Isso revela a complexidade das relações atuais, num mundo globaliza­do, embora uma relação comercial, ao pé da letra, resuma-se à saída do local de pro­dução (ou ponto de venda) até o ponto do consumo.

Os fluxos de produtos que chegam até nós vêm do mundo, de um sistema produtivo e comercial que se organiza na escala mundial, não somente dos nossos vizinhos, do mundo ocidental ou do extremo oriente.

O comércio como acelerador dos fluxos; aceleração dos fluxos intensificando o comércio

O mundo contemporâneo é complexo. Isso não quer dizer complicado, como é comum se pensar. Complexo significa que cada realidade isolada é sempre produto do conjunto da realidade total, ou das diversas realidades em relação. Durante os últimos 50 anos as exportações mundiais aumentaram em volume, nove vezes mais rápido que a produção mundial. Produz-se mais, mas se comercializa entre países muito mais ainda. Quer dizer que boa parte da produção antigamente circulava mais no interior dos pró­prios países onde eram produzidas; hoje a produção circula muito mais numa escala geográfica mais ampla: circula o mundo.

O comércio não cresceu por si só, porque tem mais gente com­prando bens. O comércio cresceu porque uma série de eventos e transformações cruzadas nes­se nosso mundo propiciaram essa condição (e que já estudamos): a aceleração dos fluxos, as redes técnicas, a força das transnacionais e suas redes geográficas, a geopolítica, a ordem mundial e a ação das potências, que permitiram nesses últimos 50 anos que os mercados nacionais nada mais fossem que "seções" de um único e imenso mercado mundial. Outros exemplos de eventos que propiciaram o crescimento do comércio: desenvolvimentos tecnológicos, a multiplicação dos meios de compra e informação sobre os produtos, o afrouxamento das fronteiras dos Estados nacionais territoriais etc. A imagem dos fluxos comerciais no mundo contemporâneo é forte. Nunca o planeta pareceu tão pequeno, tal a dimensão dos fluxos e as distâncias que eles percorrem. Longos trajetos, outrora feitos apenas por aventureiros, atualmente são as principais rotas comerciais do mundo. Rotas oceânicas percorridas por navios que ancoram em portos, abarrotados e congestionados de mercadorias, e rotas aéreas que chegam em pontos antes inalcançáveis resultam da busca desenfreada por novos mercados, por novos consumidores.

O comércio, obviamente, não ocorre somente na escala mundial, isto é, na relação entre continentes e países diferentes. Os fluxos ocorrem internamente dentro de uma região, numa escala inferior: produção no país/continente e consumo no país/continente.O grande desafio da cartografia contemporânea não é localizar com precisão fenômenos geográficos, pois isso já está pronto e atualizado pelas imagens de satélite; o grande desafio está em conseguir expressar visualmente as relações espaciais que se desenvolvem num mundo cada vez mais complexo, ou seja, a utilização da linguagem. Para se produzir um mapa, antes de tudo, é preciso ter acesso às informações, à base de dados que será objeto da representação. Na cartografia temática contemporânea, há uma tendência em se preferir as projeções do tipo da de Buckminster Fuller ou a de Bertin para a representação de fluxos comerciais (lembre-se do mapa do tema 5, dos fluxos migratórios). Elas aproximam os blocos continentais, eliminam as imensas distâncias oceânicas e dão uma idéia mais expressiva e real do que são os fluxos no mundo contemporâneo. Projeções como a de Peters ou a de Mercator têm uma proeminência muito grande dos oceanos e expressam visualmente distâncias longuíssimas entre o extremo da Ásia e as Américas, por exemplo. A seta é compreendida, universalmente, como símbolo gráfico adequado para representara direção dos fluxos, pois permite expressar quantidade com a manipulação de seu tamanho (largura). Setas largas estarão representando fluxos de maior quantidade; mais estreitas, o contrário. Definir símbolos de comunicação não dá margem a diferentes interpretações. O que se vê tem sempre que ter sempre um único significado. Os blocos continentais no fundo do mapa devem ter uma única cor para todos. Uma cor leve e neutra para não ofuscar as setas. Define-se uma única cor para as setas e elas não podem se sobrepor umas às outras. Se fossemos montar um mapa com o tema “Comércio mundial de mercadorias”, constariam dados do comércio que poderiam ser representados cartograficamente em quadrados ou círculos (quanto maior, significa maior o volume negociado) ou por setas, e os números poderiamos colocar em uma legenda (resultando em uma representação quantitativa, pois apresenta números).

Hoje, os fluxos mais importantes no comércio mundial de mercadorias estão entre a Ásia e a América do Norte, entre a Ásia e a Europa Ocidental e entre a América do Norte e a Europa Ocidental. O fluxo da Ásia para a América do Norte é maior, mesmo com a imensa distância oceânica (que foi superada por conta da globalização, que encurtou as distâncias, realidade no mundo contemporâneo). O fluxo gira em torno da América do Norte, Europa e Ásia, mas os maiores fluxos ocorrem entre os países desenvolvidos para os subdesenvolvidos (tanto saída como entrada de mercadorias). Já os menores fluxos estão entre os próprios países subdesenvolvidos (tanta saída como entrada de mercadorias). A Ásia aumentou significamente suas exportações, principalmente para os EUA e Europa e se consolidou como um grande pólo exportador. Muitas transnacionais, que normalmente tem sede nos EUA e Europa, começaram a produzir nos países deste continente (China, por exemplo), para baratear a produção. E a mão-de-obra é farta e barata, aumentando a produção em grande escala e negociação de seus produtos por preços mais baixos. Os EUA são o maior comprador nesse tipo de relação e isso é uma participação fundamental, pois esse país é um grande mercado. Seu papel, como exportador, é um pouco menor, o que contraria uma visão de país forte (aquele que mais vende e que menos compra). Mas essa visão não corresponde ao modo como a economia global se organiza atualmente. Nesse modelo, importação e exportação não têm o mesmo peso de épocas anteriores. Por isso, os EUA não perderam sua importância no comércio internacional. O peso do comércio em escala regional (no mesmo continente, país ou região) ainda é grande, mas o comércio entre os continentes, ou seja, escala global (inter-região) está crescendo cada vez mais.













SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8



REGULAMENTAR OS FLUXOS ECONÔMICOS



NA ESCALA MUNDIAL: É POSSÍVEL



ENCONTRAR UM BEM COMUM?









ATIVIDADE IV.





A PARTIR DAS INFORMAÇÕES DO TEXTO

FAZER UMA REDAÇÃO TRATANDO DE RESPONDER O TÍTULO



 Regulamentar os fluxos econômicos na escala mundial: é possível encontrar um bem comum?



A mobilidade humana ampliou-se, não há dúvidas. Na escala mundial as relações da globalização articulam uma malha de redes geográficas, alimentadas por redes técnicas, que se constituem numa nova configuração geográfica, acelerando impressionantemente os fluxos de bens econômicos e de pessoas. É certo que os bens econômicos (mercadorias, capitais, serviços, informações) circulam com muito mais desenvoltura nessa dimensão glo­bal do que os seres humanos. Mas também há constrangimentos na circulação dos fluxos econômicos. Aliás, mais que constrangimentos: há conflitos.

Vale relembrar uma razão: a ordem mun­dial existente se estrutura no interior da relação entre os países. No entanto, essas relações são desiguais:

1. alguns países são potências que atuam agressivamente;

2. agora há tam­bém corporações privadas bem mais pode­rosas que muitos países;

3. de modo geral, os fortes e os fracos nessa ordem só têm uma referência ao relacionar-se, que são seus pró­prios interesses. E sem dúvida isso vai signi­ficar problemas para a livre circulação dos bens econômicos; aliás, essa livre circulação dos bens econômicos vai significar proble­mas para cada país.

A regulamentação dos fluxos econômicos mundiais é objeto de muitos debates, pois há muitas críticas sobre a globalização que libe­raria forças que, em tese, causariam prejuízos às economias nacionais. Os Estados nacionais territoriais - inclusive os países mais ricos, quando percebem seus interesses nacionais contrariados, clamam por regras. É no inte­rior desse quadro que se vêm estruturando organizações internacionais que procuram regulamentar os fluxos econômicos.



Do GATT à OMC: um percurso espinhoso que se dirige ao desconhecido

Em 1948, período de esgotamento da Segun­da Guerra Mundial, o cenário mundial (não era bem a escala mundial, mas sim Europa ocidental e EUA) favorece a busca da eliminação de qual­quer tipo de conflito. Afinal, a tragédia estava vertendo sangue naquele momento e os custos para remover as ruínas e erguer um novo siste­ma econômico se anunciavam astronômicos.

Para se dinamizarem, as economias depen­diam de relações econômicas para além da escala nacional. Dependiam da remoção dos protecionismos, uma chave importante para a interpretação dos conflitos e das proposições para resolver a questão dos fluxos econômicos internacionais.

Leia atentamente o texto informativo sobre os organismos econômicos internacionais na página 34 do caderno do aluno. Nele encontra-se um panorama sinté­tico dos caminhos percorridos nos últimos 50 anos para se estabelecer meios e regras na or­dem dos fluxos econômicos mundiais.

Num mun­do de menores desigualdades econômicas - mundo que não existe – os países buscam um bem comum através de acordos, tratados, san­ções, punições e protecionismos. Os países se movem pela lógica geopolítica. As referências e os objetivos a serem alcançados por cada país são os interesses de cada um. Agindo assim, não é mais fácil chegar à guerra do que à har­monia?

Algo espe­cífico, que une as relações econômicas e a Geopolítica, se encontra no texto e deve ser notado para desenvolver-se uma linha de raciocínio: o acordo comercial (GATT) foi concebido para promover a paz e combater o protecionismo, que é o "promotor da guerra". Para o horror dos economistas, a vida real, nesse caso, invade a lógica econômica. O que é o protecionismo comercial? E por que isso causaria guerra? Se proteger pode causar a guerra, nesse caso, a proteção ganha o sentido de agressão. Não é interessante? Vale raciocinar so­bre isso, refletindo sobre o caso atual que o texto destaca no seu final: os EUA e a União Européia praticam o protecionismo em relação à sua agricultura, pois temem a cir­culação mais livre dos produtos agrícolas dos países emergentes e pobres, o contrário da filosofia que estaria na base da fundação da OMC.







VOLUME 02





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA TERRA: OS MOVIMENTOS E O TEMPO NA TRANSFORMAÇÃO DAS

ESTRUTURAS DA TERRA











ATIVIDADE V.




FAZER UMA REDAÇÃO SOBRE COMO AS TRES ESFERAS INTERLIGADAS FORMAM A BIOSFERA?






Os Movimentos e o Tempo na Transformação

das Estruturas da Terra

O planeta Terra é formado por três esferas: a Litosfera, que é o conjunto de tudo que é sólido no Planeta, a Hidrosfera e o conjunto das águas e a Atmosfera é o conjunto dos gases que existem no Planeta Terra. Juntas formam a Biosfera, um termo que foi introduzido pelo geólogo austríaco Eduard Suess em 1875. A Biosfera é o conjunto dos seres vivos e seus habitats na Terra.
LITOSFERA: É a camada sólida da Terra, formada por rochas ígneas, sedimentares e metamórficas e ela cobre toda a superfície terrestre, desde montanhas, continente e as profundezas dos mares e oceanos.





HIDROSFERA: é todas as águas do planeta, os quais formam uma camada descontínua sobre a superfície da Terra.



ATMOSFERA: é uma das esferas que compõe a Biosfera, onde surge, mantém e se desenvolve a vida. A Atmosfera é uma camada que envolve um corpo celeste, pode ser propicia a vida ou não, dependerá dos gases que é formada. No nosso caso, a Terra, a Atmosfera ajuda no surgimento e desenvolvimento da vida.



  1. -Composição das Esferas que compõem o Planeta Terra:





        a)       -Litosfera: materiais pesados como; ferro, silício, magnésio e outros.

        b) -Hidrosfera: Composta por Água. Compreende todos os rios, lagos, lagoas, mares e todas as águas subterrâneas, bem como as águas marinhas e salobras, águas glaciais e lençóis de gelo e vapor de água.

       c)   -Atmosfera: Composta por gases diversos e é dividida em camadas, a TROPOSFERA que é a mais baixa, a ESTRATOSFERA que é intermediária e a IONOSFERA. Os gases predominantes são: Nitrogênio (78%), Oxigênio (21%) e outros gases (1%).





  1. -Movimentos de cada uma das esferas:



  1.  -Litosfera: Como a litosfera não é uma massa uniforme, unida, ela é composta por placas, chamadas de placas tectônicas e estas se movimentam com certa liberdade e os motivos estão relacionados ao conteúdo abaixo delas que é pastoso e dinâmico. Os movimentos das placas tectônicas são denominados de Tectônica de Placas.



  1. -Hidrosfera: Os movimentos são vários, a água é uma substância líquida e portanto muito maleável, o movimentos da litosfera pode causar os tsunamis, o vento aumenta as ondas e causa tempestades e estas enchentes, e temos o ciclo da água: evaporação, condensação e precipitação, entre outros.



  1. -Atmosfera: Esta se movimenta conforme a ação do sol, das temperaturas, a força de atração da terra, com o resfriamento de certa camada há pressão formando os ventos, as massas de ar, a rotação da terra também influencia, por ser a menos densa é a que mais se movimenta, a Litosfera é a que menos se move.



3)- Alterações das esferas:



  1. -Litosfera: Esta vem se alterando desde a formação da Terra, em processo muito lento, mas constante. O resfriamento do Planeta foi moldando a litosfera, depois seu reaquecimento e as eras glaciais, além do movimento chamado Tectônica de Placas, este movimento pode causar dobramentos formando montanhas e cordilheiras, os terremotos e o vulcanismo, inclusive no fundo dos oceanos, além das ações intempéricas, erodindo os morros, montanhas, formando bacias sedimentares. No intemperismo estão as ações do sol, da chuva, dos ventos, do gelo e degelo. A Ação do homem também altera muito o relevo, mas as maiores são de origem natural, geológica.
  2.  -Hidrosfera: São alterados alguns volumes, como a quantidade de água gasosa, de gelo, aumento dos oceanos, alagamentos, enchentes, estão relacionados ao movimento, mas a estrutura em si, do componente da água cuja fórmula é H²O. A visão em si também pode mudar, dependendo do dia, das condições atmosféricas a visão das águas superficiais pode variar.
  3.  -Atmosfera: As alterações na atmosfera são muitas, as maiores relacionadas ao clima, poluição, ao estado climático do momento.



As alterações das esferas estão ligadas entre si, são fatores correlacionados, e em qualquer delas que houver uma alteração se refletirá sobre a Biosfera, em nós também.



4)-Transferência de matérias entre as esferas: Um caso clássico de transferência de materiais de uma esfera para outra é quando a água em estado líquido e aquecida a 100 graus passa para o estado gasoso, passando, assim a fazer parte integrante da atmosfera. Há também o inverso, na água há oxigênio que é um componente da atmosfera, o movimento das águas causa a capitação de oxigênio. Por outro lado temos as infiltrações de água no solo, deixando a terra úmida, a poeira, micro partículas da litosfera, na atmosfera e nas águas barrentas. Estão o tempo todo em interação.




5)-As três esferas e os seres humanos: Os seres humanos só estão na face da terra devido os recursos favoráveis em cada uma delas e também pela interação constante entre as mesmas. Se formos fazer uma análise minuciosa, cada uma delas vai parecer a mais importante. A litosfera nos dá o abrigo, é em cima dela que caminhamos e descansamos, ela nos dá o alimento para o nosso desenvolvimento mas se não houvesse a atmosfera para filtras os raios solares nenhum vegetal teria em cima da litosfera, por outro lado sem a participação da hidrosfera estes vegetais não cresceria e não frutificariam, para caminhar sobre a litosfera necessitamos de ar, de temperaturas adequadas, de umidade no ar e fontes para matar a nossa sede, em nosso abrigo para descanso, repouso é a mesma coisa, precisamos de um ar limpo, rico em oxigênio, temperaturas ambiente adequada, de novo estamos usando os recursos das três esferas, por isso o local onde vivemos é chamado de Biosfera, ou Esfera da Vida, é a união da Litosfera, Hidrosfera e Atmosfera.



6)-Que contribuição estamos dando na manutenção da Esfera da Vida (Biosfera)? São 7 bilhões de seres humanos sobre a litosfera, segundo algumas estimativas, todos se apropriando dos recursos naturais que o Planeta nos disponibiliza. Esta apropriação infelizmente é feita de uma forma muito irregular, uns pegam o que querem outros não tem acesso quase que nem o mínimo. Um exemplo é a questão da água, são mais de um bilhão de pessoas no mundo que não tem acesso regular à água e outras gastam a vontade. Um americano gasto em torno de 400 litros de água diários enquanto um queniano sobrevive com 5 litros para todas as suas necessidades, muitos de nós somente numa descarga do vazo sanitário é muito mais que isso.
Quando se cobra economia de água as pessoas não gostam, acham que tem água sobrando, tem sim, mas não própria para o consumo, de toda á água existente praticamente não chega a 1% de água disponível para ser consumida por nós e por todos os seres vivos. Se não bastasse a ínfima quantidade ainda contaminamos muito a água, sorte que ela é muito dinâmica, se recupera no seu ciclo, mas nem toda ela é recuperada e é preciso tomarmos cuidado para que as futuras gerações não sofram ainda mais.



Na Litosfera o homem escava, ocupa espaços, destrói até montanhas na extração de minérios, inunda grandes áreas, derruba o manto vegetal que protege a terra das erosões, faz queimadas exterminando milhares de espécies vegetais e animais e isto tudo atinge também a Atmosfera pelas fumaças de queimadas e outros gases venenosos que são lançados diariamente pelas indústrias. Muitas indústrias agridem as três esferas ao mesmo tempo, contamina os solos, a água e a atmosfera. O Homem está destruindo a sua própria morada. Um fato irônico, quem mais se apropria dos recur5sos naturais são os que mais destroem, os que mais agridem, que mais poluem.





SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2



ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA



TERRA: OS MOVIMENTOS DA CROSTA



TERRESTRE





ATIVIDADE VI.





PESQUISAR SOBRE A HISTÓRIA DO AFASTAMENTO DOS CONTINENTES, COMO E QUANDO ACONTECEU? FAZER UMA REDAÇÃO COM AS INFORMAÇÕES.





Estruturas e formas do planeta Terra: os movimentos da crosta terrestre

Com a compreensão de que os movimentos da estrutura terrestre se desenrolam num tempo longo, podemos desenvolver boa parte das teorias sobre a dinâmica das esferas terrestres. Mas, e quanto aos movimentos bruscos, que em tempos mais curtos podem provocar alterações nas formas da superfície terrestre, como a explosão de um vulcão? E um movimento mais lento, como a abertura dos oceanos? Podemos adiantar que, as teorias e pesquisas inovadoras de James Hutton e Charles Lyell não foram capazes de explicar todos os fenômenos que ocorrem na litosfera terrestre.


Um pensamento original e ousado: a deriva continental

Um mapa é uma linguagem espacial e nele é adequado apresentar informações do espaço ou que estão no espaço. Num mapa é muito difícil representar o tempo. Cada mapa é um retrato de um único tempo, de um presente. Se um único mapa é um retrato, para mostrar mudanças deve-se mostrar um retrato de outro momento, depois outro e assim por diante, criar uma sequência, como na linguagem verbal (para compreender o que se quer falar, passar). Chamamos de cartografia dinâmica, uma coleção de mapas colocados em sequência, como a “Coleção de mapas sobre a deriva continental: da Pangeia até nossos dias”. Os mapas mostram continentes se formando e se afastando. Mostram oceanos se abrindo. Eles estão representando um processo natural de escala planetária em cinco tempos:

- o primeiro mapa representa a Terra há 225 milhões de anos, no Período Permiano, a época em que se inicia a abertura dos oceanos;

- no segundo mapa, Período Triásico, 25 milhões de anos depois, o grande bloco terrestre observado no primeiro mapa já apresenta fragmentos e espaços preenchidos pela água;

- no terceiro mapa, Período Jurássico, essas aberturas já são maiores, após a passagem de mais 65 milhões de anos;

- no quarto mapa, Período Cretáceo, essas aberturas estão ainda maiores, após mais 70 milhões de anos;

- até o mapa atual, 65 milhões de anos depois, essa abertura só fez aumentar.

Os blocos continentais que estavam se formando como fragmentos de uma única massa continental (Pangeia) parecem peças de um quebra-cabeça. A América do Sul não parece se ajustar bem à costa ocidental da África? Esse processo representado nos mapas é o de abertura dos oceanos por entre fragmentos de um único bloco continental, o que representa a formação dos continentes que conhecemos.

Os mapas mostram uma dinâmica da natureza, numa temporalidade mais ou menos rápida para a natureza, mas muito longa para o ser humano. Eles estão mostrando que a crosta terrestre não é fixa, e que estamos sobre algo que se movimenta como se fosse uma balsa.

Hutton e Lyell não perceberam essa movimentação e assim, não fizeram estudos a respeito. Essa é a lacuna que será preenchida no conhecimento geológico que Hutton e Lyell legaram para o século XX.

No início do século XX, as pesquisas científicas sobre o mundo natural ainda eram alvo de censura (por exemplo, a censura religiosa) como no passado. O conhecimento geológico estabelecido não considerava essa hipótese de um movimento de afastamento dos continentes. Quando, em 1912, o geofísico e o meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) apresentou essa hipótese, ele foi tratado como um aventureiro, um irresponsável, um “herege”, até pelos seus colegas cientistas. Seus contemporâneos não estavam preparados para essa ideia um tanto desconcertante e não foi fácil para ele suportar a aversão dos discordantes. E os mapas apresentados expressam exatamente o que ele pensava.

A Geologia não sabia explicar os movimentos que geravam os terremotos e tinha pouco entendimento sobre os vulcões, ou seja, muitas perguntas estavam sem respostas. Graças a isso, apostar num movimento da crosta tal como imaginou Wegener era bem razoável como hipótese. Afinal, além dos processos lentos bem apreendidos por Hutton, existiam outros movimentos que permaneciam misteriosos. Pesquisas posteriores encontraram nas costas da África e da América do Sul fósseis de vegetais idênticos, em estratos rochosos antigos. Se forem idênticos não é porque estavam próximos, se afastando depois, ao longo de 200 milhões de anos? Isso se confirma com a presença, nos dois lados, de estruturas geológicas e rochas também idênticas. Parece não haver dúvida: um dia esses blocos continentais integravam um único continente. Wegener teve de fato uma intuição genial e revolucionária que inaugurou uma nova era nos conhecimentos sobre a Terra. Aqueles que o censuravam estavam pouco abertos para o novo. Após a morte de Wegener, e depois de constatado o valor de sua hipótese, os geofísicos aproveitaram a porta aberta e foram mais longe na interpretação das estruturas da Terra. Como e por que se dava esse movimento? Os geofísicos notaram que esse movimento de afastamento era possível porque a crosta terrestre era formada por pedaços ou placas, e não por uma única capa de rochas. Essa grande revolução científica aconteceu nos anos 1960. Novas informações no campo da Geofísica marinha propiciaram um melhor conhecimento do fundo dos oceanos e avançou-se no conceito de falhas, na localização precisa dos terremotos etc. Nascia assim a teoria Tectônica de Placas com os trabalhos de J. Morgan, X. Le Pichon e D. McKenzie, entre outros autores. Atualmente, não há Geologia sem considerar a deriva continental, como ficou conhecida a visão de Wegener e a teoria das placas que compõem a crosta terrestre.



Uma cartografia das placas tectônicas

A crosta terrestre é formada por placas que flutuam sobre um material viscoso chamado magma. Inicialmente admitiu-se a existência de 6 placas; hoje estão identificadas aos menos 15 placas: Placa Eurasiática, Placa das Filipinas, Placa Australiana, Placa da Antártica, Placa da Índia, Placa da Arábia, Placa Africana, Placa Sul-Americana, Placa Nazca, Placa Caribenha, Placa Cocos, Placa Juan de Fuca, Placa Norte-Americana, Placa do Pacífico e Placa de Scotia. No interior de algumas placas se encontram os blocos continentais, normalmente, nas placas maiores. No “Mapa da placas tectônicas”, os continentes estão representados com seu contorno. Por exemplo, na Placa Norte-Americana se encontra os EUA, o Canadá, o México, a Groenlândia e um segmento da Ásia.

As áreas de encontro das placas são fundamentais para se entender certos eventos geológicos como o vulcanismo e os terremotos. Por exemplo: nota-se que o Japão situa-se no encontro de duas ou três placas (Norte-Americana, Eurasiática e a Placa das Filipinas), e isso tem consequências na instabilidade geológica que ali ocorre. A existência dessas placas e o fato de elas se movimentarem trazem para a superfície terrestre consequências que já se sabe e que, aliás, foi por onde essa descoberta começou: a deriva continental.







SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3



ESTRUTURAS E FORMAS DO PLANETA



TERRA: A PRODUÇÃO DAS FORMAS DA



SUPERFÍCIE TERRESTRE











ATIVIDADE VII.



DEPOIS DE FAZER UMA BOA PESQUISA,



FAZER UMA REDAÇÃO EXPLICANDO COMO



SÃO OS AGENTES NATURAIS QUE



PRODUZIRAM E AINDA MODIFICAM O



RELEVO DA TERRA, O QUE TERÁ FEITO



SURGIR AS CORDILHEIRAS, E OUTROS



FENOMENOS MAIS QUE MODIFICAM A



TERRA ATÉ OS DIAS DE HOJE?





 Estruturas e formas do planeta Terra: a produção das formas da superfície terrestre





A ciência geológica chega ao final do século XX com todo um conjunto de teorias e interpretações que são sustentadas por pesquisas e dados obtidos de forma bastante sofisticada. Somaram-se duas abordagens:

1. a que explica os processos geológicos lentos e uniformes que ocorrem no conjunto dos blocos continentais;

2. a que explica os grandes movimentos das placas que deram origem aos continentes e aos oceanos e que, ao mesmo tempo, manifestam-se por meio de eventos bruscos e ocasionais (no tempo humano), como os terremotos e o vulcanismo de um modo geral.

As formas da superfície terrestre e sua geomorfologia (o relevo) são produtos desses processos que a Geofísica e a Geologia descrevem. Mais importante do que saber onde ficam, por exemplo, as grandes cadeias montanhosas da Terra, será compreender por que elas estão ali e não poderiam estar em outras posições. Ao se discutir o relevo terrestre, provavelmente o que vem primeiro à mente das pessoas, em geral, são as formações que mais fascinam e chamam nossa atenção: as grandes cadeias montanhosas (mais conhecidas como cordilheiras), com seus picos elevados, cercados de fantasias e de várias aventuras criadas e encenadas na literatura e no cinema.



Os agentes naturais que produzem o relevo da Terra

Observe o “Mapa-múndi do relevo terrestre” nas páginas 28 e 29 do caderno do aluno.  As cores utilizadas para mostrar as altitudes dos terrenos ficaram conhecidas como escala hipsométrica. Apesar de consagrada em todos os atlas geográficos, essa escala ocasiona uma série de problemas relativos à linguagem cartográfica. Podemos chegar a conclusão que o verde-escuro representa grandes florestas, o verde-claro, matas mais abertas, o marrom-escuro, terra desmatada. Se identificarmos que os tons de verde representam as terras mais baixas, concluímos que a mais baixa é o verde-claro e não o verde-escuro, como a legenda indica. Esse mapa, sem a legenda, pode enganar seu observador em razão de várias armadilhas visuais – e somente a convenção da legenda pode esclarecer o equívoco. Isto é, a legenda, um elemento verbal e numérico, é o que decifra o visual, o que é um grande erro cartográfico. O fenômeno que o mapa representa é único: as altitudes. E não se pode usar várias cores para representar um único fenômeno. Este tem uma diferenciação interna e, portanto, seria mais adequado que a distinção se fizesse no interior de uma única cor, com valores do mais claro para o mais escuro, usando, assim, as tonalidades da cor: menores altitudes – menor valor da cor (tom claro) e maiores altitudes – maior valor da cor (tom escuro). No entanto, consagrou-se nos atlas escolares esse tipo de mapa, mesmo com problemas de linguagem.

  As cordilheiras vão aparecer como manchas de marrom mais escuro e roxo. Essas áreas têm médias de altitude acima de 4 mil metros. Por que estão ali? Sempre, desde que a Terra existe, estiveram ali? Ou será que o caso das cordilheiras é tal como o dos oceanos, que possuem apenas mais ou menos 200 milhões de anos? O que terá feito surgir as cordilheiras? Quando elas surgiram?

A poderosa cordilheira do Himalaia foi erguida quando a Placa Indiana se chocou com a Placa Eurasiática, enquanto os Andes surgiram da colisão entre o assoalho do Oceano Pacífico (Placa de Nazca) e a América do Sul (Placa Sul-americana). São eventos que acontecem na crosta terrestre e, por essa razão, se classificam como agentes internos. Vale também chamar a atenção para o seguinte: “Os créditos por esculpir a superfície da Terra normalmente vão para as violentas colisões entre as placas tectônicas, os fragmentos móveis da cobertura rochosa do planeta. [...] Mas mesmo o incrível poder das placas tectônicas não consegue explicar algumas das principais características da superfície do planeta”. (GURNIS, Michael. Os processos que esculpem a Terra). Sendo assim, há outras forças internas que operam. E o que sabemos sobre o interior da Terra?

Vamos ler sobre a estrutura interna da Terra na página 30 do caderno do aluno. Um detalhe nesse texto sobre a estrutura interna da Terra chama a atenção: há uma área na crosta terrestre em que ela possui uma extensão máxima (65 km de espessura). Trata-se da área em que as placas tectônicas foram soerguidas, dando origem às cordilheiras, às cadeias montanhosas. Mais uma vez fica claro o papel do que se denomina agente interno na formação do relevo.

Uma questão fundamental para mobilizar as duas vertentes do saber geológico: aquela que trata dos processos geológicos lentos e uniformes (erosão) e aquela que trata dos movimentos das placas tectônicas. Sabemos como e quando se formou uma cordilheira (mais ou menos 60 milhões de anos atrás), a dos Andes, por exemplo. Mas será que atualmente ela possui as mesmas características do seu período de formação? Ou ela se transformou?

Os movimentos das placas tectônicas podem erguer uma cordilheira gigantesca, porém uma lenta e discreta erosão, desde que tenha tempo, pode arrastá-la inteira para o oceano ou para as terras mais baixas. Erosão é um agente produtor do relevo da Terra e que opera diretamente na superfície, no ambiente externo e, por isso, ela é tratada como um agente externo na construção do relevo da Terra.



Uma Geografia das formas da superfície terrestre

Depois de refletir sobre as forças e os tempos envolvidos na produção do relevo da Terra, vamos refletir as formas da superfície e sua distribuição geográfica. O relevo da Terra é uma interface entre a ação dos agentes internos (placas tectônicas) e dos agentes externos (erosão). Para se ter uma ideia mais aproximada da Geografia das formas da superfície terrestre, será necessária um pouco mais de atenção ao processo erosivo. A erosão se dá sobre a crosta terrestre, que é formada de rochas, e é realizada pelo trabalho das águas (pluviais, fluviais, mares e geleiras), do vento (atuação muito significativa em áreas áridas e semiáridas), da temperatura (por intermédio da dilatação e compressão das rochas) e pela influência das condições climáticas de um dado local em diferentes tempos.

O intemperismo físico resulta notadamente da influência climática, enquanto o intemperismo químico resulta da atuação e conjugação de diferentes elementos. No caso das áreas tropicais, a ação das chuvas aliada às altas temperaturas intensifica o processo de intemperismo químico.  Em áreas áridas, a atuação eólica associada à aridez produz formas dinâmicas, como é o caso das dunas. A declividade do relevo amplia a ação da água como agente erosivo. A erosão não tem a mesma velocidade, isto é, não erode da mesma maneira rochas duras e rochas mais moles: rochas mais duras (normalmente em clima seco) têm erosão menos eficiente, mais lenta e rochas moles (em clima chuvoso), a erosão é mais rápida, mais eficiente.

Na superfície terrestre, encontram-se múltiplas combinações de várias situações climáticas com várias condições dos estratos rochosos que compõe os blocos continentais. As rochas reunidas formam conjuntos maiores, verdadeiras estruturas de dois tipos: os que têm origem nos movimentos das placas tectônicas (maciços cristalinos, formados por rochas que são magma que vazou solidificado, e cadeias montanhosas); e bacias sedimentares, formadas por material produzido pela erosão.

Temos pontos de mais de 4.800 metros de altura e outros de 100 metros em relação ao nível do mar. Vamos ler o texto “Encontrando as formas de relevo”, na página 34, que cria uma situação para identificação dos tipos de relevo.

De um modo geral, as terras muito baixas estão à beira-mar. Planaltos são constituídos de terras elevadas em relação ao nível do mar, normalmente acima de 700, 800 metros de altitude, sendo ou não planas, assim, podem conter irregularidades nos seus terrenos.



SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4



RISCOS EM UM MUNDO DESIGUAL:



DESASTRES NATURAIS E



PREVENÇÃO – UMA CONSTRUÇÃO DO



ESPAÇO GEOGRÁFICO











ATIVIDADE VIII.



APÓS PESQUISAR SOBRE OS FENOMENOS E CATASTROFES NATURAIS E PROVOCADOS, FAÇA UMA REDAÇÃO FALANDO DO DESASTRE OCORRIDO NUM MUNICIPIO DA CIDADE DE MARIANA – MINAS GERAIS.







Riscos em um mundo desigual: catástrofes e prevenção – uma construção do espaço geográfico.



      Eventos catastróficos para os seres humanos resultam do movimento das esferas terrestres. Aqueles associados à litosfera, como terremotos e explosões vulcânicas, podem ter grande magnitude e muitas vezes nos fazem pensar nas nossas limitações para poder intervir diretamente sobre eles e nos precavermos diante desses eventos naturais. Quais os efeitos dessas catástrofes sobre as diversas sociedades, em especial os efeitos no espaço geográfico? Esses efeitos são maiores ou menores em função da desigualdade social existente no planeta? Quais as ações humanas diante das catástrofes? Como preveni-las, quando há condições de fazê-lo?

      Vulcões que explodem e devastam os lugares e terremotos que abalam cidades levando destruição são eventos distantes de nossa realidade. Esses são eventos relacionados em sua grande maioria às zonas de encontro das placas tectônicas e, por estarmos no centro da Placa Sul-americana, dificilmente nos atingem.

      Em nosso contexto (urbano), por exemplo, uma área de risco ligada às questões de ordem geológica são os deslizamentos, que são parte do processo erosivo e costumam levar grande perigo às populações desses locais: muitas moradias precárias se encontram em morros, terrenos de elevada inclinação e sem cobertura vegetal.



Como se proteger dos eventos geológicos

Os eventos geológicos podem ter duas origens distintas: associados aos movimentos internos da crosta (tectonismo) ou externos, vinculados aos processos erosivos, de desgaste da crosta. Sem dúvida, os mais perigosos para o ser humano, os que produziram maiores tragédias, são os de grande escala provocados pelo movimento das placas tectônicas: terremotos e explosões vulcânicas. O mapa “Anamorfose de mortos em terremotos”, na página 39 do caderno do aluno, representa um desses fenômenos. A medida utilizada é um índice, o número de mortos por cada milhão de habitantes, o que pode ser observado no “Gráfico sobre terremotos”, na mesma página, e que foi organizado a partir do mesmo banco de dados que deu origem ao mapa. Essa é uma anamorfose que mantém as posições geográficas e o que é possível das formas (e não a extensão territorial) dos blocos continentais e de suas regiões internas. Assim, vemos regiões de dois continentes (África e América do Sul), onde os índices de morte em terremoto são bem baixos, representadas por um traço bem fininho. Nas áreas aumentadas, os índices são mais elevados, como no leste asiático. Dessa maneira, por exemplo, o Japão está quase do mesmo tamanho que a América do Sul ou a África. Se observarmos as zonas de encontro das placas no “Mapa das placas tectônicas”, na página 20, associamos os índices de mortos em terremotos. O que explica o desenho do centro e do sul da África é o fato de ser um segmento do bloco continental que se encontra no centro da placa tectônica africana.

Para chegar mais próximo da complexidade da questão das mortes em terremotos, é preciso ter em conta mais um dado da realidade: entre 1975-2000, estima-se que tenham morrido 471 mil pessoas em decorrência de terremotos. Dessas, 52% foram na China e 16% no Irã. O maior número de vítimas num único tremor foi em 1999, na Turquia (18 mil pessoas), mas esse número foi atribuído, em parte, à pobreza e à fragilidade das habitações, e nem tanto à força do tremor. Encontrou-se aí uma variável fundamental para entender os desastres ligados a terremotos e explosões vulcânicas: há populações mais protegidas e preparadas para os impactos dos desastres naturais que outras, e isso vai interferir no número de vítimas. Para tornar mais concreta ainda essa variável fundamental, vamos ler dois casos nas páginas 41 e 42: o do vulcão Nevado Del Ruiz e do vulcão Vesúvio.

No primeiro caso, em Armero morreram ¾ da população da cidade, ou seja, quase todo mundo. O intervalo entre a explosão do vulcão e a enxurrada de lama foi de 8 horas. Uma maneira fundamental de prevenir desastres provocados por erupções vulcânicas deve ser a combinação de informações científicas: monitoramento da atividade do vulcão somada a estratégias coordenadas para rápida evacuação da população dos locais de risco. Caso isso existisse em relação ao vulcão e à comunidade de Armero, a tragédia não teria sido tão grave. A baixa eficiência desse controle foi responsável pela envergadura da tragédia. Já o segundo caso, é um bom exemplo de controle passivo eficiente pelos seguintes motivos: existe um observatório com equipamentos e cientistas estudando cotidianamente o vulcão, que está ativo, e nenhuma erupção pegará de surpresa a população, como no caso do Nevado Del Ruiz. Os estudos não ficam apenas na atividade atual do vulcão, volta-se no tempo para saber qual é a sua verdadeira potência, visando aperfeiçoar os planos de proteção e evacuação. Para ter idéia do risco ao qual as populações estão submetidas e como é desigual o controle passivo, segundo as condições dos países, veja: existem alguns milhares de vulcões no mundo, mas somente cerca de 500 são ativos e bem estudados, outros 150 são monitorados e pouco se sabe sobre o restante.



As catástrofes como elementos de construção do espaço

      Uma das catástrofes mais impressionantes dos últimos tempos foi o tsunami no Oceano Índico (foto página 44 no caderno do aluno). Estamos diante de um evento natural que combina movimentos de duas esperas naturais: movimentos da litosfera mais os movimentos da hidrosfera.

      Tsunami ou maremoto é uma série de ondas de água causada pelo deslocamento de um grande volume de um corpo de água, como um oceano ou um grande lago. Vamos ler o texto “Tsunami do Índico: uma catástrofe regional de amplitude mundial” na página 45 do caderno do aluno. A placa tectônica indiana subiu sobre a microplaca birmanesa, que seria um fragmento (não se tem certeza se é uma placa independente) da placa eurasiática. Esse movimento brusco produziu grande perturbação nas águas oceânicas, o que gerou o maremoto, o tsunami. Ele foi um evento que ocorreu em dezembro de 2004. Todos sabiam de sua ocorrência. Nesses cinco anos, vocês ouviram falar de terremotos no Peru e no Paquistão? E sobre o terremoto do dia 6 de abril de 2009, no centro da Itália (região de Abruzzo), no qual morreram mais de 300 pessoas? O tsunami atingiu áreas turísticas, vitimando um grande número de pessoas de diversas nacionalidades. Isso fez aumentar a repercussão para além da escala regional. A repercussão do tsunami em escala mundial significou uma forma de aproximação dos povos, visto que a solidariedade que se organizou veio de lugares dos quais, no passado, não viria. Essa ocorrência ajuda a construir uma nova Geografia das relações entre os povos. Várias possibilidades de reflexões interessantes existem sobre os significados de um evento dessa dramaticidade para a humanidade, e muitas vão nos ajudar a pensar melhor no que chamamos relações homem-natureza. O que está acontecendo agora nos países vitimados pelo tsunami? Como foi retomar a vida depois da devastação? Como construir novos espaços? Pensar de outra maneira na localização geográfica da ocupação do espaço nas regiões litorâneas, reavaliar a qualidade das edificações, rever o sistema de proteção, como o monitoramento das condições oceânicas, os meios para o alerta geral e para a evacuação. Será que os países atingidos têm condições econômicas e sociais para incorporar essa experiência e os novos saberes para construir espaços humanos mais bem protegidos e mais dignos?

      O evento do tsunami está agora humanizado (ele não é mais um evento da natureza apenas), a ação geográfica do ser humano na região estará fortemente influenciada pelo que aconteceu e pelo que pode acontecer. Nesse sentido, pode-se dizer que o tsunami, que antes destruiu, agora é um dos construtores do espaço.