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terça-feira, 21 de abril de 2015

TEXTO DE APOIO PARA 1ªs SERIES SITUAÇãO DE APRENDIZAGEM 1 DO VOLUME 01

1ªS SERIES



TEXTO DE APOIO PARA 1ªs SERIES



SITUAÇãO DE APRENDIZAGEM 1 DO VOLUME 01

Noções Básicas de Elementos de Cartografia  - 01 CAPÍTULO
  Neste capítulo você irá compreender alguns conceitos importantes relacionados com o universo da Cartografia. É importante ressaltar que estes conceitos serão fundamentais para a interpretação dos próximos capítulos que necessitam da cartografia como base para a introdução de novos conhecimentos a serem adquiridos pelos usuários.  Os objetivos propostos para esse capítulo são: Introdução à Cartografia: conceitos práticos e teóricos.  Desenvolvimento de atividades práticas de Cartografia.  

1.1 DEFINIÇÃO DE CARTOGRAFIA .

 Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem já sentia a necessidade de se orientar e de registrar dados relacionados com o espaço e o tempo.  São várias as definições de Cartografia encontradas na literatura ao longo do tempo e é interessante observar que o avanço tecnológico vem provocando constantes evoluções em tal conceito, tais como: 
A cartografia pode ser definida como um conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, mapas planos e outras formas de expressão, bem com sua utilização. 
Representação gráfica que facilita a compreensão espacial dos objetos, conceitos, condições, processos e fatos do mundo humano. 
A ciência que se ocupa da elaboração de mapas de toda espécie. Abrange todas as fases dos trabalhos, desde os primeiros levantamentos até a impressão final dos mapas. 
Cartografia é o conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas, baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e preparação de cartas, projetos e outras formas de expressão, assim como a sua utilização.  

1.2 HISTÓRIA DOS MAPAS

 Desde épocas mais remotas, o homem vem utilizando-se da confecção de mapas como meio de armazenamento de conhecimentos sobre a superfície da terrestre.  Os mapas ocupam um importante lugar entre os recursos de que a civilização moderna pode lançar mão. A produção de mapas cresce proporcionalmente ao crescimento da população, de forma a atender seus interesses nos mais variados ramos de atividade.  A história dos mapas é mais antiga que a própria história, isto se pensarmos na história como a documentação escrita sobre fatos passados. A elaboração de mapas precede à escrita. Isto pode ser concluído do fato comprovado por muitos exploradores dos vários povos primitivos que embora eles não houvessem alcançado a fase de escrita, desenvolveram a habilidade
para traçar mapas. A base do sistema cartográfico atual é atribuída por todos aos gregos. Admitiram a forma esférica da Terra, com seus pólos, equador e trópicos.  Abaixo são mostrados fatos históricos sobre os mapas descritos por: 
Anterior à escrita (babilônios, egípcios, maias, esquimós, astecas, chineses, etc.) - 4500 a 2500 AC;
Anaximandro de Mileto – primeiros mapas da Europa – 611 a 547A.C;
Eratóstenes de Cirene – calculou o perímetro da Terra –276 a 196 A. C.
Cláudio Ptolomeu escreveu sobre projeções e elaborou um mapa-múndi - 90 a 168 DC;
árabes tiveram grande influência a partir do séc XII, destaque para AL-IDRISI que elaborou Atlas e livro sobre viagens (“Livro sobre agradável excursão para quem deseja percorrer o mundo”) e foi usado como base para os grandes navegadores, no séc. XV; - Idade Média - retrocesso- mapas circulares Orbis Terrarum;
Grande avanço com as viagens de exploração das novas terras e aparecimento de especialistas em confeccionar mapas - 1400 a 1500;
Cartógrafo Gerhard Mercator - primeiro Atlas, reformulou todas as teorias e criou a projeção;
Cartográfica com meridianos retos e eqüidistantes dos pólos, usada até hoje - 1512 a 1594;
 O mapa mais antigo que se tem notícia é o de Ga-Sur (Fig1), feito na Babilônia. Era um tablete de argila cozida de 7cmx8cm, datado de aproximadamente 2400 a 2200 a.C. Representa um vale, presumidamente, o do roio Eufrates (SILVA, 1999).
 
Fig1. Mapa de Ga-Sur, feito na Babilônia,aproximadamente 2400 a 2200 a.C. 

 REDE GEOGRÁFICA.
 Entende-se como rede geográfica o conjunto formado por paralelos e meridianos, ou seja, pelas linhas de referência que cobrem o globo terrestre com a finalidade de permitir a localização precisa de qualquer ponto sobre sua superfície, bem como orientar a confecção de mapas.  Apresentação algumas definições referentes as linhas da rede geográfica: 

a) Meridianos: são círculos máximos que, em consequência, cortam a Terra em duas partes iguais de polo a polo . Sendo assim, todo os meridianos se cruzam entre si em ambos os polos. O meridiano de origem é o de Greenwich 

 b) Paralelos: são círculos que cruzam os meridianos perpendicularmente, isto é, em ângulos retos. Apenas um é um círculo máximo, o Equador

c) Latitude: é o arco contado sobre o meridiano do lugar e que vai do Equador até o lugar considerado.

d) Longitude: é o arco contado sobre o equador e que vai de Greenwich até o meridiano do referido lugar LINHA INTERNACIONAL DE DATA onde no calendário avança o dia. A Longitude pode ser contada no sentido Oeste, quando é chamada Longitude Oeste de Greenwich (W Gr.) ou negativa. Se contada no sentido Este, é chamada Longitude Este de Greenwich (W Gr.) ou positiva. 

Sua variação é a seguinte:


Mostra do sistema de coordenadas geográficas com a variação dos ângulos de latitude e longitude.  



CARTOGRAFIA: A LINGUAGEM DOS MAPAS


INTRODUÇÃO

A cartografia envolve as técnicas de criação de mapas, sendo uma ferramenta importante para a geografia. Apresenta desafios, como, por exemplo, representar uma esfera (Terra) sobre um plano (mapa-múndi), ocorrendo distorções. Um segundo desafio é descobrir a ideologia que um mapa esconde, isto é, mapas contêm visões de mundo.

Como a Terra é redonda, o Brasil, por exemplo, pode ser visto de vários ângulos e, o mais importante, todos estão corretos.



Nesta visão, o Brasil está no centro do planeta.




ELEMENTOS PRINCIPAIS DA CARTOGRAFIA

ESCALAS são a relação entre as dimensões apresentadas em um mapa e seus valores reais correspondentes no terreno.

TIPOS

NUMÉRICA – é representada por uma fração e normalmente é dada em centímetro. Exemplo:




No exemplo acima, 1 cm no mapa é, na realidade, 500.000 vezes maior. Para resolver um exercício, normalmente transforma o número em quilômetro, obtendo-se a seguinte relação: 1 cm = 5 km.

GRÁFICA — é representada por uma linha reta graduada, tendo como módulo básico o centímetro. Exemplo:

1: 12.000.000

É NECESSÁRIO SABER FAZER ESTA REDUÇÃO NA ESCALA MÉTRICA

CONTANDO ''ZEROS'' A PARTIR DA ESQUERDA VAMOS PREENCHENDO AS CASA DA ESCALA MÉTRICA

COMO NO EXEMPLO ABAIXO



Nesse caso, 1 cm no mapa equivale 12.000.000 cm ou na realidade a 120 km.

ESTA FÓRMULA AUXILIA NO CÁLCULO



ONDE ''D'' É A DISTÂNCIA NO TERRENO (REAL) ''d'' É A DISTÂNCIA NO MAPA E ''E '' É A ESCALA USADA PARA AMPLIAR OU DIMINUIR UMA ÁREA OU TERRENO

PROJEÇÕES

Projeções envolvem a representação da Terra em um plano, destacando a rede de paralelos e meridianos da esfera terrestre. Utilizam figuras geométricas semelhantes a uma esfera ou aquelas que permitem o seu desenvolvimento, destacando-se o cone, o cilindro e o plano.








Exemplos
I. PROJEÇÃO DE MERCATOR




Nessa projeção, os paralelos e os meridianos são linhas retas que se cortam em ângulos retos, porém as áreas polares mostram tamanho exagerado. É uma projeção conforme, porque tem a vantagem de conservar a forma dos continentes, mas traz a desvantagem de deformar as áreas relativas dos continentes, isto é, a deformação aumenta próximo aos pólos.

Observando a figura acima, a América do Sul aparenta ser menor que a Groenlândia, mas, na realidade, ela tem quase 18 milhões de km2 contra 2 milhões de km2 da Groenlândia. Portanto, é uma projeção cilíndrica conforme, sendo usada na navegação. Questiona-se o eurocentrismo desta projeção.


II. PROJEÇÃO DE PETERS



É uma projeção cilíndrica equivalente, que conserva a proporcionalidade das áreas relativas entre os continentes, mas as formas são distorcidas, destacando-se o alongamento dos continentes.

ELEMENTOS SECUNDÁRIOS DA CARTOGRAFIA

CURVAS DE NÍVEL


As curvas de nível são chamadas de isoípsas e unem pontos de mesma altitude de relevo. Esse conceito apareceu na Holanda, no século XVIII e foi usado para cartografar o fundo do rio Merwede, sendo um sistema matemático baseado em levantamentos geodésicos, no qual o marco zero metro é o mar.

As curvas de nível apresentam as seguintes características:
● Representam tanto a altitude quanto a forma de relevo.
● Quando existem grandes diferenças de altitudes em pequenos espaços, as linhas apresentam-se muito próximas umas das outras; quando o relevo é suave, as diferenças são menores e as linhas apresentam-se mais distanciadas.
● De acordo com a variação da altitude, a equidistância das curvas pode ser de 10, 20, 50 ou 100 metros.






ROSA-DOS-VENTOS


A rosa-dos-ventos é um meio de orientação importante devido à extensão do planeta e serve como vocabulário da geografia, aparecendo no nosso dia-a-dia e principalmente nos vestibulares.




É formada pelos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais.
• Cardeais
– norte ou setentrional ou boreal
– sul ou meridional ou austral
– leste ou oriental ou nascente
– oeste ou ocidental ou poente

• Colaterais: ficam entre os pontos cardeais.
– nordeste (NE) – entre o norte e o leste;
– sudeste (SE) – entre o sul e o leste;
– sudoeste (SO) – entre o sul e o oeste;
– noroeste (NO) – entre o norte e o oeste.

• Subcolaterais: ficam entre os pontos cardeais e os colaterais.
NNE = nor-nordeste
ENE = es-nordeste
ESE = es-sudeste
SSE = su-sudeste
SSO = su-sudoeste
OSO = oes-sudoeste
ONO = oes-noroeste
NNO = nor-noroeste

COORDENADAS GEOGRÁFICAS

Conjunto de linhas imaginárias traçadas sobre a superfície terrestre, objetivando localizar qualquer lugar ou ponto.

• Latitude: é a distância em graus de um ponto qualquer da superfície terrestre à linha do Equador, variando de 0° a 90° tanto para o norte como para o sul.

• Longitude: é a distância em graus de um dado ponto da superfície terrestre ao meridiano de origem (Greenwich), variando de 0° a 180° para leste e para oeste.




Para compreender melhor as coordenadas, é fundamental lembrar-se das principais linhas imaginárias.
• Paralelos: círculos menores e paralelos ao Equador (divide a Terra em dois hemisférios).






• Meridianos: são círculos máximos que passam pelos pólos, destacando o principal: Greenwich (divide a Terra em dois hemisférios).




EXERCÍCIO

- IDENTIFIQUE AS POSIÇÕES DOS PONTOS ''A'', ''B'', ''C'', ''D'' e ''E'' QUE APARECEM NA FIGURA A SEGUIR