CARPE DIEN

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - AVALIAÇÃO DE BIOLOGIA


ATIVIDADE EM GRUPO (COM COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES)

APLICANDO O CONHECIMENTO CONSTRUÍDO EM SITUAÇÕES-PROBLEMA DO COTIDIANO

3ª série ____ 1.º bimestre / 2012

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Como forma de desenvolver não apenas a cultura, mas também as opções de entretenimento, uma determinada cidade, no interior de São Paulo, resolveu construir um jardim zoológico.


Para dar conta dessa tarefa, é preciso que seja formado um grupo de biólogos responsável pela concepção e pela realização deste trabalho.

VOCÊS, biólogos em formação, resolveram candidatar-se ao cargo, recebendo as regras abaixo e uma lista dos animais que o Zoologico irá receber daqui a três meses.

1. Todos os animais que vivem na água têm necessidades de uma piscina.

2. Aqueles que vivem na terra têm necessidades de um terreno adequado.

3. Aqueles que voam têm necessidade de uma gaiola alta e fechada.

4. Para animais ferozes e carnívoros é necessário construir jaulas com grades bem fortes.

5. Para os animais que não são ferozes pode ser construida uma simples barreira.

6. Caso precise, utilizar outros critérios relevantes para que o zoológico a ser construído mantenha sua população inalterada.

Lembre-se que predador e presa no mesmo espaço é um convite ao desequilíbrio da cadeia alimentar.

ATIVIDADE: Elabore um mapa conceitual classificatório (M.C.C.) – contendo Universo, Princípios de Classificação, Legendas­ - de acordo com as regras acima.


OBJETIVO: Elaborar um M.C.C. tão perfeito que leve seu grupo a ser contratado.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA




Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.

1. Com as figuras fornecidas cada grupo deverá montar um jardim zoológico para expor todos os animais, considerando as regras de classificação estudadas.

2. Trazer a letra da música Inclassíficáveis do Arnaldo Antunes.

3. Atividades: Ler o texto da página 9 e responder as questões páginas 10,11, 12 e 13 (exercício 5).



2ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA



Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.


1. Elaborar um modelo de célula com material reciclado (não pode usar isopor). Cada aluno do grupo deverá escolher um modelo. Não esquecer de colocar as estruturas celulares presentes.

a) Célula aninal


b) Célula vegetal


c) Célula da bactéria


d) Apresentação de um tecido celular.


2. Elaborar uma tabela com as organelas abaixo e suas respectivas funções:
Ribossomos, Centríolos, Retículo endoplasmático liso e rugoso, Complexo de Golgi, Vacúolo, Lisossomos, Mitocôndrias, Cloroplastos.


3. Caderno do aluno página 9, 10, 11, 12 (até o exercício 2 e)

1ªS SÉRIES - BIOLOGIA - Licença Prêmio da profª de BIOLOGIA


Deverá ser apresentada na primeira aula da semana de 12 a 16 de março.

1. Pesquisa individual:

a) Pesquise a letra da Música: Luz do sol de Caetano Veloso. E escolha a estrofe que representa o processo da fotossíntese.

b) Responda as questões no caderno do aluno pagina 7 (questões 1, 2 e 3), pagína 8 (questões 4, 5, 6, 7 e 8) e pagína 9 (questão 9).

2. O papel geralmente é feito a partir da madeira de pinheiros. Essa árvore vive em média 80 anos, mas pode ser explorada a partir dos 15 anos. A tabela a seguir fornece dados sobre o crescimento de um pinheiro, que foi verificado medindo-se o diâmetro do tronco conforme os anos foram passando.

a) Construa o gráfico (em papel milimetrado- individual) do crescimento para essa árvore a partir dos dados da tabela. Não se esqueça de criar um título para o gráfico e de colocar o que representa o eixo x e y.





b) Com base em informações fornecidas pelo gráfico você pode afirmar que o pinheiro cresceu? Justifique sua resposta.

c) A que se deve esse crescimento?

d) Qual a relação do crescimento dos organismos, como o pinheiro, com a fotossíntese?

sábado, 4 de fevereiro de 2012

3ªS SÉRIES - REGIONALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL




DIFERENTES CRITÉRIOS PARA DIVIDIR O MUNDO EM REGIÕES

Você já pensou nos diferentes critérios que podemos utilizar para dividir o mundo em regiões?

Só em olhar o globo já sacamos logo de cara a maneira mais tradicional de se dividir o planeta: A Divisão por Continentes! Assim temos a Europa, Ásia, África, América do Norte, Central e do Sul e a Oceania.

Essa divisão por continentes segue um critério natural muito primário: grandes porções de terra e grandes porções de água, os Oceanos. Mas mesmo tendo como base à natureza, podemos dividir a Terra em outras maneiras. Uma delas, também bastante antiga, é a regionalização por faixas climáticas. De acordo com o Clima podemos determinar algumas regiões: Zonas Polares: Ártica e Antártica, Zonas Temperadas do Norte e Sul e Zona Intertropical.

O clima faz com que essas regiões sejam muito diferentes uma das outras; basta lembrar das florestas.

Além dos Continentes e do Clima uma outra forma de se regionalizar a Terra ainda tendo como base à natureza, é através dos ecossistemas. Nesse caso todos os fatores naturais são considerados: Clima, Fauna, Relevos, Solo, Flora, Geologia.

*Nos tempos de hoje com tanta destruição dos recursos naturais, podemos ainda destacar as regiões que ainda existem patrimônios da natureza preservados, exemplo: "Milhões e milhões de espécies animais e vegetais vivem e dão vida ao planeta. Mas enquanto nos ecossistemas temperados do hemisfério norte, o número de espécies é reduzido, uma verdadeira explosão de formas vivas colorem as florestas tropicais, que são justamente os ecossistemas mais ameaçados do planeta. Isso tudo se chama Biodiversidade! A evolução da vida formou um diversificado patrimônio natural, ou como chama os biólogos: um Banco Genético. Cada espécie tem seu código como se fosse a sua carteira de identidade. Esse código genético torna impossível confundir as espécies. Esse material vivo é conhecido como Biodiversidade, e está presente em todos os ecossistemas e vem sendo depredado, causando assim, um empobrecimento desse patrimônio natural. A América Latina tem feito um grande esforço para preservar seus ecossistemas naturais através de parques e reservas e tem sofrido como todos os outros continentes à crise econômica que devasta os países. Não há dinheiro para a conservação e a administração de tantas riquezas naturais. Com uma nova atitude de respeito à vida, a diversidade biológica permanecerá e teremos mais segurança e beleza em nosso planeta, para nós e para as futuras gerações. A Vida Não Pode Parar!

Agora vamos mudar o nosso olhar! Ao invés de destacar a natureza, vamos destacar a sociedade. Vamos pensar em critérios políticos e econômicos. Eles são hoje, os mais utilizados para dividir a terra em regiões. E o mais básico desse critério divide as nações do planeta levando-se em conta as condições econômicas e sociais.

Há algum tempo atrás podíamos dividir o mundo em três mundos diferentes: 1o, 2o e 3o mundos. No final dos anos 80 um desses três mundos praticamente desapareceu. Você sabe qual foi?

a. O Primeiro; b.O Segundo; c.O Terceiro;



Acertou quem disse que foi o 2o. A divisão do mundo em três obedecia ao seguinte critério: o 1o mundo era formado pelos países ricos, desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e países da Europa Ocidental, por exemplo, Alemanha, França e Inglaterra. O 2o mundo pelos países socialistas liderados pela União Soviética e o 3o pelos países pobres, subdesenvolvidos.

No final dos anos 80 a história deu uma importante guinada. As experiências socialistas praticamente desapareceram e com elas foi-se junto o 2o mundo. * "Começando nas Repúblicas Bálticas, Estônia, Letônia e Lituânia e depois se espalhando por todo o país, os nacionalismos outrora sufocados começaram a explodir. Diversas Repúblicas Soviéticas tornaram-se independentes. Temendo as conseqüências desse processo Gorbatchev cria a Comunidade dos Estados Independentes que substitua o regime centralizado de Moscou. Até hoje essa organização encontra-se indefinida e há muitos conflitos com a Rússia".

* "O golpe de Estado de agosto precipitou tudo o que pretendia evitar. O colapso final do Socialismo e a desintegração do Império Soviético. Depois do golpe de agosto Gorbatchev passou a ser um refém político do homem que o salvou, Boris Ieltsin, que Gorbatchev tinha trazido em 85 da Sibéria para Moscou. O mundo assistiu a desintegração, nem sempre pacífica, do Império. Mas não há muitos argumentos a favor do otimismo. A Comunidade dos Estados Independentes tomou o lugar da União Soviética. É uma associação geopolítica frouxa que não deve durar muito. A reunião das maiores Repúblicas Eslavas, Rússia, Ucrânia, e Bielo-Rússia, com as cinco Repúblicas centro-asiática lideradas pelo Cazaquistão é feita de problemas. É possível que num futuro próximo o Ocidente tenha que se concentrar de novo num país que é a sexta parte do mundo e atende pelo velho nome: Rússia".

Outra maneira de se regionalizar o mundo é a divisão em país Centrais e Periféricos. Centrais são os países Desenvolvidos que exercem influência sobre os países pobres ou Periféricos. Existem também países que são semi-periféricos, o Brasil é um exemplo desse tipo de país. Internacionalmente ele é Periférico, mas dentro do Cone Sul ele é Central, exportando seus produtos e serviços e com a mão-de-obra melhor qualificada que a de seus vizinhos.

Com o mundo se integrando economicamente através de mercados comuns, o Brasil tem posição destacada no Mercosul, Mercado Comum do Cone Sul. * "Mercosul é um bloco econômico que reúne a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. Veja um exemplo para entender como esse bloco funciona: antes do Mercosul, uma garrafa de vinho argentino, uma peça de couro paraguaio e um quilo de carne uruguaio chegava ao Brasil com preços mais altos. Isso acontecia porque esses produtos cruzavam as nossas fronteiras e o governo brasileiro cobrava Taxas de Importação, o mesmo acontecia quando produtos brasileiros iam para esses países. Mas desde que o Mercosul entrou em vigor em janeiro de 91 os quatro países membros deixaram de cobrar impostos de importação sobre a maioria dos produtos. O consumidor sentiu isso no bolso, os preços dos importados desses países caíram. Outro bloco econômico que existe no continente americano é o NAFTA. NAFTA é uma sigla inglesa que em português significa Acordo de Livre Comércio da América do Norte. Os países membros são Canadá, Estados Unidos e o México. o Nafta entrou em vigor em 1 de janeiro de 94. Ele também acabou com os impostos cobrados sobre os produtos importados dos países membros. Mas agora existe a possibilidade de os 34 países do continente americano formarem um bloco único, a ALCA. ALCA significa Área de Livre Comércio das Américas e se ela for criada vai integrar todos os países da América com exceção de Cuba. Isso só deve acontecer a partir do ano de 2005."

Apesar de todas essas interações e semelhanças entre as regiões do mundo ainda é possível regionalizar considerando as diferenças culturais. A primeira grande divisão do mundo em regiões culturais é aquela que distingue Oriente e Ocidente. Povos diferentes, Culturas diferentes, Civilizações diferentes. Línguas, religiões, hábitos e costumes dividem o mundo de maneira muito rica, muito bonita. *"Entre os povos do mundo não encontramos uniformidade, mas sim uma impressionante diversidade. Cada sociedade se adapta de forma diferente, cada um encontra suas próprias soluções para a questão da sobrevivência. O que cria essa variedade fenomenal ? A Cultura! É a cultura que nos permite que nos adaptemos, que criemos uma série de valores, crenças e práticas afim de colhermos os benefícios de cada lugar por onde andamos, onde criamos raízes e sobrevivemos. Mas a cultura faz mais do que ajudar na nossa sobrevivência física. Usamos a cultura para nos alimentar, nos mantermos aquecidos, mas além disso a usamos como alicerces para nossas regras, um projeto para nossas idéias, costumes e padrões para vivermos em sociedade. Através de nossa cultura, cada grupo forma um mundo com uma série de idéias visíveis e invisíveis. Cada um cria um modelo de bem ou mal, inventa meio de controlar a sorte ou destino e cria numa ordem um aparente caos. A cultura nos diz não só para sobreviver, mas também, como sobreviver, o que caçar ou plantar; não nos diz apenas para procriar, mas quando e com quem; nos diz o que pensar ou não e até o que comer ou não. A cultura impõe limites, filtra e dá valor a nossa realidade. É por causa da cultura que no nosso meio, as pessoas comem diferente, se vestem diferente e têm diferentes hábitos e religiões e cada um de nós tende a acreditar na entidão dos nossos métodos e verdades, como se fossem transmitidos por nossos deuses e ancestrais e passados aos nossos filhos."

Pode não ser a mais utilizada, mas essa divisão do mundo pelas diversas culturas e civilizações demonstra toda riqueza do planeta Terra. No mundo globalizado em que vivemos a convivência pacifica e o respeito pelas culturas regionais é fundamental para todos.



Entendendo a Regionalização Mundial



A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda, semelhanças na Formação Sócio-Econômica-Espacial. Nesta aula não será abordada a tradicional divisão do planeta em continentes, ou seja a regionalização a partir de critérios naturais.

As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta. Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser interpretados.

Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de grande utilidade em todas as aulas, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade das sociedades.






Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos







O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os que supostamente poderiam se desenvolver.

Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:




·                     Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.






·                     Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do desenvolvimento.





·                     Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada Estado.








·                     Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo alfandegário.








·                     Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é produto do desenvolvimento desigual de outros países.







Países Centrais e Periféricos







Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização. No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.

Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a periferia jamais chegará ao centro. No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas. Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria setores ligados à exportação em direção ao centro.

A CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E TERCEIRO MUNDOS Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).

Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos 
de capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.

Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de 2 regionalização ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao “Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao interesses dos países dominantes.




Países do Norte e do Sul




Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo Mundo”.

Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias, convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.

Por: Marcelo Luiz Corrêa
Revisão: João Bonturi

2ªS SÉRIES - EXPANSÃO TERRITORIAL

A Expansão Territorial


A expansão territorial representou a incorporação ao domínio português de uma vasta extensão de terras localizadas além-Tordesilhas, como também a ocupação efetiva de terras já pertencentes a Portugal. A ocupação do território brasileiro foi um dos maiores problemas enfrentados pela Metrópole, devido aos vários obstáculos surgidos, como: falta de recursos e de pessoal, condições naturais nem sempre favoráveis, ataques indígenas, etc. Esses fatores tornaram muito lenta a colonização do litoral e impuseram enormes dificuldades ao povoamento do interior.

A expansão e ocupação territorial foram conseqüências de ordem econômica e política, visando aos interesses dos colonos e da Metrópole. Os principais fatores responsáveis pela expansão territorial foram: as bandeiras, a pecuária e a expansão oficial.


As Bandeiras foram expedições de caráter particular, estruturadas militarmente, cujos objetivos se constituíram nas seguintes fases:

1) de apresamento (ou caça ao índio);
2) ouro de lavagem;
3) sertanismo de contrato.



Tiveram como núcleo de irradiação a capitania de São Vicente, especialmente a cidade de São Paulo. Com o declínio da produção açucareira, a capitania passa a viver de uma economia de subsistência, escravizando índios para usá-los como mão-de-obra doméstica. Com uma população pobre, o único recurso foi procurar recursos fora de São Paulo, daí a formação das Bandeiras.

Bandeiras de apresamento
– Na primeira metade do século XVII, os holandeses conquistaram os principais mercados fornecedores de escravos na África e as regiões produtoras de açúcar no Nordeste brasileiro.

Monopolizando o tráfico negreiro, os holandeses só forneciam escravos às regiões brasileiras que estavam sob seu domínio. A Bahia e o Rio de Janeiro, onde também se produzia açúcar, com a suspensão do tráfico, passaram a se constituir em amplos mercados para a mão-de-obra indígena, alcançando aí altos preços. Assim, o índio, que até então era caçado para o trabalho, passava agora a ser caçado como mercadoria.



Os bandeiras procuravam riquezas, submetendo índios, escravos fugidos e descobrindo metais preciosos.


Os bandeirantes ingressaram então numa fase de apresamento maciço, penetrando no sertão, atacando as missões jesuíticas de Guaíra, Itatim, Tape, localizadas na região Paraná-Paraguai e Rio Grande do Sul, onde milhares de índios trabalhavam na terra ou no pastoreio, dirigidos e orientados pelos padres marianos. Dentre as bandeiras apresadoras destacaram-se a de Antonio Raposo Tavares e Manuel Preto.


Com a reconquista de Angola, em 1648, por Portugal, é restabelecido o tráfico negreiro para o Brasil português. E, como o negro africano era considerado mais produtivo que o indígena brasileiro, os colonos preferiam o trabalho do escravo negro. Além disso, os lucros do comércio escravista passariam para os portugueses, deixando de ser dos colonos bandeirantes. Dessa forma, o apresamento entra em declínio, deixando como resultado a escravidão de milhares de índios, a destruição das missões e a ruptura da linha de Tordesilhas, penetrando em terras espanholas que seriam, mais tarde, incorporadas ao Brasil.


Bandeiras de ouro de lavagem – Na segunda metade do século XVII, Portugal atravessa uma séria crise econômica devido ao domínio espanhol (1580-1640) e à decadência da economia açucareira, em vista da concorrência antilhana feita pelos holandeses.


Nesse contexto, a Coroa portuguesa, ansiosa em aumentar sua arrecadação, incentiva a busca de metais preciosos, prometendo honrarias e privilégios aos que descobrissem minas. Assim, os bandeirantes paulistas, que atravessavam a decadência da preação de índios devido ao restabelecimento do tráfico negreiro, partem para o interior em busca de metais preciosos, conseguindo descobrir as minas de ouro de Caeté, Sabará e Vila Rica, na região das “gerais”.


As “gerais” povoam-se rapidamente; paulistas e depois os “emboabas” (nome dado aos forasteiros que chegaram depois dos paulistas) passam a disputar as minas, provocando a Guerra dos Emboabas, em 1708, quando vários paulistas são massacrados no Capão da Traição.

Após a guerra, os paulistas dirigiram-se para Goiás e Mato Grosso, onde descobriram outras minas de ouro. Além da penetração a pé, bandeirantes de Itu, Porto Feliz, Leme e Tietê organizaram expedições fluviais pelo rio Tietê, a fim de chegar a Mato Grosso. Essas bandeiras ficaram conhecidas como “monções”.


As monções, expedições que seguiam pelos rios, foram responsáveis pela interiorização do comércio e pela formação de vários núcleos de povoação além da linha de Tordesilhas.


As bandeiras de ouro de lavagem ocasionaram maior extensão do povoamento português para além da linha de Tordesilhas, sedimentando a conquista através da formação de vários núcleos de povoamento. Além disso, provocou o surgimento de uma nova atividade econômica: a mineração do século XVIII.


Bandeiras de sertanismo de contrato – Foram expedições contratadas por donatários, governadores ou senhores de engenho, a fim de combater índios, capturar escravos fugidos ou destruir quilombos (redutos de escravos fugidos).


O mais importante foco de resistência negra contra a escravidão foi o quilombo de Palmares, que se formou na serra da Barriga, em Alagoas. Nessa região de difícil acesso, desenvolveu-se uma comunidade auto-suficiente que produzia milho, mandioca, banana, cana-de-açúcar e que, durante certo período, chegou a comercializar seus excedentes com as regiões vizinhas.

Palmares estabeleceu-se ao longo do século XVII, chegando a abrigar mais de 20 mil negros fugidos dos engenhos, dispersos durante a invasão holandesa. (...) Em 1694, depois de um longo cerco, o paulista
Domingos

Jorge Velho, a serviço dos senhores de engenho, invadiu e destruiu Palmares. Muitos de seus habitantes conseguiram fugir e reorganizaram-se sob o comando de Zumbi, continuando a luta contra os brancos. Em 20 de novembro de 1695, Zumbi, o mais famoso líder da luta pela liberdade dos escravos, foi preso, morto e esquartejado, sendo sua cabeça exposta numa praça de Recife para atemorizar as possíveis rebeliões.


A Pecuária



O gado bovino, introduzido na Bahia por Tomé de Sousa, foi utilizado, na colônia, para alimentação, transporte e tração. Funcionando como economia secundária, a pecuária esteve ligada durante os séculos XVI e XVII à agricultura tropical e, durante o século XVIII, à mineração.

A pecuária possibilitou o aproveitamento da mão-de-obra disponível do índio e do mameluco com remuneração, os quais se adaptaram ao trabalho do pastoreio.

Pela característica do trabalho do vaqueiro, que tem de percorrer longas distâncias a cavalo, não era possível usar escravos, que, provavelmente, fugiriam abandonando os animais ou levando-os junto. Dessa forma, todo o trabalho ligado à pecuária era feito por homens livres, que recebiam determinado pagamento pelo serviço realizado. Os vaqueiros, homens responsáveis pelos animais, recebiam como pagamento uma cria a cada quatro bezerros nascidos e acertavam contas com o fazendeiro a cada cinco anos. Os vaqueiros acabavam formando pequenos rebanhos de sua propriedade e, muitos deles, partiam para a criação de sua própria fazenda de gado. Com as novas fazendas, maior expansão territorial, maior conquista e avanço em direção ao interior, a pecuária, que nasceu ligada às necessidades dos engenhos, tornou-se atividade autônoma que se justificava economicamente.

Os auxiliares dos vaqueiros, denominados fábricas, eram pagos com dinheiro e o pagamento tanto poderia ser mensal como anual. Os fábricas dificilmente tornavam-se criadores, pois o que recebiam era insuficiente para adquirir um novilho e começar um rebanho. No caso do vaqueiro, o acerto era feito em animais por dois motivos: primeiro, para que ele cuidasse bem do rebanho que, quanto mais crescia, maior lucro lhe daria na hora do acerto; segundo, para coibir o roubo do rebanho, pois, como já foi dito, os animais eram criados soltos e percorriam grandes extensões de terras
que o dono da fazenda não podia fiscalizar, ele, então, precisava contar com a fidelidade dos seus vaqueiros, e a melhor forma de conseguir isso era torná-los seus sócios. O mesmo não precisava ser feito com os fábricas, por que eram o tempo todo fiscalizados pelos vaqueiros.

Contando com a grande extensão territorial e não contando com a concorrência metropolitana, a pecuária pôde se desenvolver e se constituir num importante fator de ocupação territorial dos sertões do Nordeste, do vale do São Francisco, do Piauí e do Sul da Colônia.

A expansão da pecuária pelos sertões do Nordeste decorreu da própria expansão da agricultura açucareira.

Assim, para preservar o crescimento da produção açucareira e também da pecuária, Portugal resolveu separar as duas atividades, proibindo a criação de gado na faixa litorânea. O gado adentra então o interior, o vale do rio São Francisco e Piauí, onde encontra pastagens e salinidade naturais. Nessas regiões se estabelece uma intensa exploração da pecuária, que abastece o litoral açucareiro (séculos XVI e XVII) e a região mineradora (século XVIII).

A expansão da pecuária para o sul da colônia deu-se após a destruição das missões jesuíticas do Paraná-Paraguai pelas bandeiras de preação. O gado, que era criado nas missões, se evade para o sul, onde, encontrando excelentes pastagens, se desenvolve livremente. Atraídos pelos rebanhos, paulistas deslocam-se em direção ao sul a fim de se apropriarem do gado, pois por esse tempo, o rápido povoamento da região mineira transforma-a num mercado consumidor de serviços e produtos variados, entre os quais ocupam lugar importante os animais de transporte, o couro e a carne. Desta maneira, as "gerais" agem como um fator de estímulo ao desenvolvimento de um setor econômico na região do Rio Grande do Sul, baseado de início no simples aproveitamento da "vacaria", os rebanhos dispersos e semi-selvagens, constituindo aos poucos unidades criadoras e mercantis, o que possibilitou a integração física, econômica e política da região Sul no conjunto da realidade colonial.

1ªS SÉRIES - APOSTILA DE CARTOGRAFIA

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

SEJAM BEM VINDOS













AMORES DA MINHA VIDA, SEJAM TODOS BEM






VINDOS E QUE TENHAMOS UM








EXCELENTE TRABALHO NESTE ANO DE








2012




"Livros (leituras) não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Livros (leituras) mudam as pessoas." Mario Quintana.

(pense a respeito!)